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    Empresas dos EUA estão mais pessimistas com a economia, aponta pesquisa do Fed

    Livro Bege, que funciona como termômetro da economia dos EUA, também mostra que mercado de trabalho continua arrefecer gradualmente

    Fachada da sede do Federal Reserve em Washington
    Fachada da sede do Federal Reserve em Washington 31/07/2013REUTERS/Jonathan Ernst

    da Reuters

    A atividade econômica dos Estados Unidos continuou a se expandir do início de abril até meados de maio, mas as empresas ficaram mais pessimistas em relação ao futuro, enquanto a inflação aumentou em um ritmo modesto, mostrou uma pesquisa do Federal Reserve (Fed) nesta quarta-feira (29).

    A mais recente verificação de temperatura do banco central sobre a saúde da economia norte-americana também mostrou que o mercado de trabalho continua a arrefecer gradualmente em direção a níveis mais normalizados.

    A pesquisa, divulgada aproximadamente a cada seis semanas, ocorre no momento em que os formuladores de política monetária permanecem incertos sobre quando iniciar um ciclo de corte de juros, depois de manter a taxa básica na faixa de 5,25% a 5,50% nos últimos 10 meses.

    Eles estão observando atentamente as tendências de atividade, empregos e pressões sobre os preços para tomar sua decisão.

    “A atividade econômica nacional continuou a se expandir, no entanto as condições variaram entre os setores e distritos”, disse o Fed em sua pesquisa, conhecida como “Livro Bege”, que entrevistou contatos comerciais nos 12 distritos do banco central até 20 de maio.

    “As perspectivas gerais ficaram um pouco mais pessimistas em meio a relatos de incerteza crescente e maior risco de queda.”

    A maioria dos distritos do Fed relatou um crescimento leve ou modesto na atividade, enquanto dois não observaram nenhuma mudança na atividade, segundo a pesquisa.

    A taxa de juros de referência do Fed deve permanecer inalterada na próxima reunião de política monetária, em 11 e 12 de junho, e as autoridades do Fed, embora tenham praticamente descartado outro aumento dos juros, indicaram que precisam de dados consistentes e encorajadores sobre a inflação ao longo de vários meses antes de reduzir os custos dos empréstimos, depois de terem sido afetados por aumentos de preços maiores do que o esperado nos primeiros três meses do ano.

    Embora essa tendência preocupante pareça ter se revertido em abril e haja sinais de que os consumidores estão recuando nos gastos, a inflação atualmente permanece, pelo indicador preferencial do Fed, quase um ponto percentual acima de sua meta de 2%.

    A leitura mais recente do principal indicador de inflação do Fed está programada para ser divulgada na sexta-feira (31).

    Em abril, os ganhos de empregos nos EUA foram os menores em seis meses e o crescimento dos salários anuais caiu abaixo de 4,0% pela primeira vez em quase três anos, mas o mercado de trabalho continua bastante apertado.

    Entretanto, também há sinais de que as pressões inflacionárias podem estar se acelerando novamente. Os preços de importação dos EUA tiveram o maior aumento em dois anos em abril, em meio à alta dos custos dos produtos de energia, enquanto fabricantes relataram este mês um aumento nos preços de uma série de insumos, sugerindo que a inflação de mercadorias pode aumentar nos próximos meses.

    “Muitos distritos observaram um aumento contínuo nos custos de insumos, especialmente de seguros, enquanto alguns observaram quedas nos preços de certos materiais de construção”, disse o relatório do Fed.