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    Empresários apostam que EUA reverta tarifas, mas temem aço chinês; entenda

    As importações de aço subsidiado da China nos EUA eram uma grande preocupação para o mercado americano, mas a nova medida tarifária de Trump deve reverter o cenário drasticamente

    Caroline Aragaki, Francisco Carlos de Assis e Eduardo Laguna (Broadcast), do Estadão Conteúdo

    Empresários veem espaço para que o Brasil faça uma negociação capaz de convencer o presidente americano, Donald Trump, a reverter a promessa de tarifas de 25% para o aço e o alumínio. Contudo, observam com preocupação a possibilidade de a China inundar países emergentes, como o Brasil, com produtos siderúrgicos.

    As importações de aço subsidiado da China nos EUA eram uma grande preocupação para o mercado americano, mas a nova medida tarifária de Trump deve reverter o cenário drasticamente, afirmou o presidente do conselho de administração da Gerdau, Guilherme Gerdau, ao Estadão/Broadcast.

    Consequentemente, há possibilidade de que haja maior entrada de aço chinês no Brasil, segundo outro executivo da indústria siderúrgica. Ele afirmou que o fluxo de aço chinês no País pode se tornar “quase como um tsunami”, dado o excesso de capacidade no gigante asiático.

    Como margem para negociação, haveria a possibilidade de o Brasil começar a importar mais Gás Natural Liquefeito (GNL) dos Estados Unidos, afirmou um terceiro executivo do setor siderúrgico ao Estadão/Broadcast, sob condição de anonimato.

    Ele explicou que, quando há escassez hídrica, a Petrobras precisa acionar as térmicas do Nordeste, que usam grandes quantidades de GNL. Esse seria um dos assuntos a serem discutidos, uma maneira de negociar cotas com os EUA.

    Ele acrescentou que a China determinou a taxação em 15% para o GNL americano, em retaliação após o governo Trump taxar a entrada de todos os produtos chineses nos EUA, então pode ser interessante para os EUA acharem um outro mercado comprador, e este poderia ser o Brasil.

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