Empresário desiste de ocupar conselho de administração da Petrobras
Carlos Eduardo Turchetto Santos era um dos quatro indicados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para o colegiado

O empresário Carlos Eduardo Turchetto Santos desistiu de ocupar o Conselho de Administração da Petrobras. De acordo com fontes próximas a ele, a desistência foi estritamente por questões pessoais.
Santos era um dos quatro indicados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para o colegiado. De acordo com fontes do ministério, seu substituto será escolhido em acordo com o Palácio do Planalto.
Em nota obtida pela CNN, ele disse que “vivemos um momento em que a atenção mundial se volta para as questões energéticas, integrada ao desenvolvimento sustentável, como a preservação ambiental e responsabilidade social”.
Também afirmou que “muito me honrou o convite do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para colaborar com a minha experiência, como produtor de energia, e participar do desenvolvimento sustentável do nosso país” e que “para qualquer cidadão brasileiro não há como não se sentir lisonjeado com tamanha responsabilidade: de se juntar aos melhores para participar do destino da maior empresa do Brasil, a Petrobras”.
Mas pondera que infelizmente teve que declinar “desse honroso convite por motivos pessoais, mas continuaremos juntos, com o mesmo propósito, de gerar energia e desenvolvimento para essa nação”.
Disse ainda que “ao mesmo tempo, fico feliz em saber que o ministro Alexandre Silveira, busca nomes técnicos e comprometidos, para cuidar da gestão da completude da matriz energética do Brasil”, e que continua “à disposição para contribuir e colaborar na missão, na certeza que estamos no caminho certo”.
Ao lado de Pietro Adamo Sampaio Mendes, Vitor Eduardo de Almeida Saback e Eugênio Tiago Chagas Cordeiro, ele era um dos nomes com conexões políticas com o Centrão que foram indicados para o conselho de administração da Petrobras e que gerou revolta no PT.
Isso porque o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, do PT, acabou vendo os nomes que ele desejava serem preteridos, como o presidente da Fiesp, Josué Gomes, e o economista Eduardo Moreira.
O incômodo do PT com as nomeações foi traduzido na nota da Federação Única dos Petroleiros (FUP), ligada ao partido e próxima a Jean Paul Prates. A entidade divulgou uma nota criticando os nomes indicados.