Empregos na saúde crescem 0,8% no trimestre encerrado em junho, diz pesquisa
Sudeste concentra quase metade dos trabalhadores; setor privado com carteira assinada representa 79% das vagas
O número de trabalhadores da saúde cresceu 0,8% no trimestre encerrado em junho deste ano, em relação ao período entre janeiro e março de 2022, chegando a 4,7 milhões de pessoas, segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Dos 4,7 milhões, 3,7 milhões ou 79% são funcionários com carteira assinada de estabelecimentos particulares. O setor privado teve alta de 1,2% no período, enquanto o público registrou uma queda nos empregos de 0,9%.
“Os empregos na cadeia da saúde permaneceram estáveis em relação ao mês anterior, porém seguem com tendência de alta, assim como vem ocorrendo na economia geral, que teve um crescimento ainda maior (1,7% no trimestre encerrado em junho). O setor segue gerando oportunidades de emprego, particularmente nesse período de retomada acelerada da realização de procedimentos que haviam sido postergados durante as fases críticas da pandemia”, afirma o superintendente executivo do IESS, José Cechin.
Distribuição da cadeia produtiva da saúde no país
O levantamento mostra que praticamente metade dos trabalhadores da saúde está concentrada no Sudeste – 2,3 milhões. Em seguida aparece o Nordeste, com 923,3 mil; Sul, com 689,3 mil; Centro-Oeste, 493,9 mil; e Norte, 276,4 mil.
No período entre abril e junho, o Norte teve o maior crescimento de funcionários, de 5,5%, seguido do Sul, com 2,2%, Centro-Oeste (0,9%) e Sudeste (0,6%). O Nordeste foi a única região com redução de empregos, de 1,1%, puxada pela queda no setor público de 5,6%.
Já a região com maior número de trabalhadores da saúde por 100 mil habitantes, em junho de 2022, foi a Centro-Oeste, com 2.922, enquanto a Norte teve a menor, com 1.445 por 100 mil habitantes. Nacionalmente, a média é de 2.204, um avanço em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o índice era de 2.140.
Saldo de junho
Levando em consideração apenas o mês de junho, a saúde teve saldo de 9.043 empregos gerados, com 17.040 vagas criadas no setor privado e 7.997 perdidas no setor público. Em março, o balanço havia sido de 17.673.
No setor privado, no segmento das operadoras de saúde, o maior saldo foi de assistente administrativo (125); no segmento de prestadores, técnico de enfermagem (2.279); e no segmento de fornecedores, atendente de farmácia (1.299).
Já no setor público, as redes federal e municipais registraram quedas nas contratações em junho, no comparativo com março, de -9,6% e -3,5%, respectivamente. Já as redes estaduais somaram uma alta de 4,7%.