Embraer voa e Magazine Luiza desaba: veja as altas e quedas do Ibovespa em 2021

Principal índice da bolsa de valores brasileira teve queda de quase 12%, em ano marcado pela inflação alta e o avanço da Selic
Ibovespa
Ibovespa  • Cris Faga/NurPhoto via Getty Images
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A inflação alta e o avanço da Selic tiraram o brilho do setores varejista imobiliário na B3 em 2021, assim como do próprio Ibovespa, que fechou em queda de 11,9%.

No entanto, empresas de commodities tiveram ganhos, enquanto Embraer, estrela do índice no ano, decolou a bordo de sua subsidiária de carros voadores.

Confira as líderes de ganhos e de perdas do Ibovespa no ano:

MAIORES ALTAS

EMBRAER: +180,5%

A fabricante de aeronaves teve o melhor desempenho no Ibovespa, mesmo com os efeitos da pandemia no setor aéreo.

O principal catalisador para o avanço foi o ânimo do mercado com a Eve, unidade de transporte aéreo urbano, que já recebeu milhares de encomendas de veículos elétricos de decolagem e pouso na vertical, com previsão para entrega nos próximos anos.

A Eve anunciou uma fusão em dezembro que a levará à Bolsa de Nova York e a avalia em 2,9 bilhões de dólares.

BRASKEM PNA: +176,3%

Resultados financeiros animadores, retomada de fornecimento de gás natural no México e avanço no processo de desinvestimento por seus controladores foram alguns dos motivos que fizeram a ação da petroquímica disparar no ano. Para completar, a empresa foi elevada recentemente a grau de investimento pela Fitch.

JBS e MARFRIG: +75,8% e +73%

Impulsionadas pelos desempenhos das unidades de operações nos EUA, os dois frigoríficos ganharam assentos entre as principais altas do Ibovespa em 2021.

No caso da Marfrig, ainda houve a compra da fatia de cerca de 31,7% na BRF e especulações de uma potencial tomada de controle no ano que vem.

MAIORES QUEDAS

MAGAZINE LUIZA: -71%

A ação da varejista foi a de pior desempenho no Ibovespa em 2021. O papel já caminhava para um ano negativo quando acelerou sua desvalorização no segundo semestre, em meio à escalada da inflação, ao ciclo de alta de juros e à competição no comércio eletrônico.

No balanço do terceiro trimestre, a companhia registrou queda de quase 90% no lucro ajustado.

VIA: -67,5%

Este foi mais um caso de uma varejista afetada pelo cenário macroeconômico e pela dinâmica do setor.

Além disso, em novembro a empresa anunciou revisões em provisões geradas por processos trabalhistas, que subiram de 1,2 bilhão de reais em junho para 2,5 bilhões de reais no fim de setembro.

EZTEC: -51,7%

A construtora Eztec foi fortemente atingida pelas restrições por conta da Covid-19 no pico da pandemia no país, no início do ano.

Mesmo com a reabertura e o avanço da vacinação ao longo de 2021, a ação seguiu pressionada pelos impactos da alta de juros e do avanço da inflação. O índice Imobiliário caiu mais de 31% no ano e foi o de pior desempenho setorial na bolsa.

AMERICANAS: -58,2%

A Americanas é outra varejista com desempenho muito negativo no ano. No caso da empresa, o papel também foi afetado pelos efeitos de uma reorganização societária.

A Lojas Americanas se fundiu com a B2W, com esta incorporando os ativos operacionais da Lojas Americanas, passando a se chamar Americanas, enquanto a Lojas Americanas virou uma holding. O grupo está em processo de simplificação societária e manterá apenas AMER3 como ação listada.

GPA: +131,4%

O desempenho da ação do GPA no ano também foi influenciado por reorganização societária, já que a empresa efetuou a cisão de seu braço de atacarejo Assaí no começo do ano.

 

 

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