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    Em reunião com Haddad, Yellen destaca metas comuns sobre clima e desenvolvimento

    Yellen deu ao Brasil, que participa da reunião do G7 no Japão, e disse que os países estão unidos na defesa de seus valores democráticos

    Por Andrea Shalal, da Reuters

    A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, destacou a luta contra a mudança climática e outros objetivos compartilhados entre EUA e Brasil, em uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Japão nesta quinta-feira (11).

    O Japão, que preside o Grupo das Sete economias avançadas este ano, convidou o Brasil para participar da reunião desta semana entre os ministros das Finanças e banqueiros centrais do G7, juntamente com a Índia, a Indonésia e a União Africana.

    O Brasil liderará o Grupo das 20 (G20) principais economias no próximo ano.

    Yellen deu as boas-vindas à participação do Brasil, dizendo que os EUA e o Brasil, as maiores democracias das Américas, estão unidos na defesa de seus valores democráticos no país e no exterior.

    “Todos nós devemos fazer parcerias para lidar com os desafios globais que enfrentamos hoje, e o papel do Brasil nesses esforços globais será fundamental em sua presidência do G20 no próximo ano”, disse ela a Haddad, em observações preparadas para serem entregues no início da reunião na cidade japonesa de Niigata, onde acontece o encontro do G7.

    Os dois países também compartilham objetivos sobre mudanças climáticas, construção de infraestrutura de alta qualidade, mobilização de capital privado para o desenvolvimento e combate à pobreza, disse ela.

    “Em um momento de maior incerteza e riscos, devemos trabalhar juntos para mostrar aos países em desenvolvimento que o G20 pode oferecer soluções práticas e acionáveis”, disse Yellen.

    A reunião ocorre semanas depois que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, disse que contribuiria com US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia, embora tenha havido tensões entre os dois países sobre o envio de armas ocidentais para a Ucrânia.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irritou alguns no Ocidente ao dizer que Washington estava incentivando a guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

    Posteriormente, ele atenuou seus comentários e condenou a Rússia por violar a integridade territorial da Ucrânia.

    Yellen não abordou a posição do Brasil sobre a invasão da Rússia em seus comentários preparados. Ela falou sobre um grande esforço dos Estados Unidos e de seus aliados para perseguir qualquer evasão de sanções por parte da Rússia e destacou os esforços para construir cadeias de suprimentos mais resilientes junto com países de renda baixa e média.

    “Como amigos e importantes parceiros comerciais, buscamos aprofundar nosso relacionamento econômico”, disse ela, elogiando o que chamou de “progresso significativo do Brasil na modernização de seu sistema financeiro”.

    O Tesouro norte-americano também está trabalhando com as autoridades brasileiras para ajudá-las a expandir as parcerias público-privadas e o financiamento de longo prazo por meio dos mercados de capitais, disse ela.

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