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    Em meio a veto chinês, governo brasileiro pode exportar carne bovina à Rússia

    Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que governo russo abrirá uma cota de 300 mil toneladas de carne com tarifa zero de importação durante seis meses

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business

    O embargo da China à carne do Brasil já dura mais de dois meses. Mas a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, comunicou nesta quarta-feira (17) que a Rússia anunciou tarifa zero de importação de carne por seis meses.

    O país estabeleceu uma cota de 300 mil toneladas – 200 mil para carne bovina e 100 mil para suínos – e a tarifa zerada começa a valer nos próximos dias, não apenas para fornecedores do Brasil, mas qualquer frigorífico que tiver interesse pode pegar uma parte da cota para fornecer carne para a Rússia sem a taxa de importação.

    “Mercado que pode ser utilizado pelo Brasil”, publicou a ministra em seu perfil no Twitter.

    A Rússia também tinha restringido o acesso à carne brasileira assim que os casos da doença da vaca louca foram identificados, mas depois do anúncio de ontem parece estar disposto a fazer negócios com o Brasil novamente.

    No início deste mês, um levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) mostrou que o volume de exportações de carne bovina brasileira caiu 43% no mês de outubro quando comparado ao mesmo período de 2020.

    O veto chinês à carne brasileira reflete diretamente nesses números. A China é o principal comprador de carne bovina nacional e corresponde a 60% dos embarques feitos nos portos brasileiros.

    O presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista à rádio Cultura FM, no dia 10 de novembro, que o bloqueio da China não é consequência do seu relacionamento com o país asiático ou com o presidente Xi Jinping.

    A Rússia também havia imposto restrições à carne bovina brasileira depois que dois casos atípicos da doença da “vaca louca” foram detectados em frigoríficos localizados no Brasil.

    Um novo acordo com o país do Leste Europeu pode voltar a dar segurança aos países que importavam a carne brasileira, algo que o governo brasileiro vem tentando fazer, mostrando que o país não tem registros de casos de contágio “da doença da vaca” louca entre os animais.

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