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    Em meio a conflito, Haddad fala em “proteger a economia brasileira”

    Ministro afirmou ainda que “quanto mais desafiador o cenário externo, maior a pressa” para tratar dos assuntos

    Brenda Silvada CNN , Brasília

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o foco da pasta é “proteger a economia brasileira” em meio aos desafios do cenário externo. A fala ocorreu nesta segunda-feira (9) após questionamento de um jornalista sobre possíveis impactos no Brasil do conflito entre Israel e Hamas.

    “Com o cenário externo se complicando como está, o nosso desafio aqui é fazer a nossa agenda interna evoluir o mais rápido possível para proteger a economia brasileira como fizemos no passado”, disse Haddad em coletiva de imprensa em São Paulo.

    Na ocasião, o ministro divulgou a nova fase do programa Desenrola Brasil. A iniciativa do governo federal faz parte desta pauta interna citada por Haddad, assim como a alta geração de emprego e queda da taxa de juros.

    A última divulgação do Ministério do Trabalho mostrou que o Brasil abriu 220.884 vagas de trabalho formal em agosto. Também em setembro, o Banco Central reduziu a taxa de juros em 0,50 ponto percentual. Com isso, a Selic caiu de 13,25% para 12,75% ao ano.

    Para o ministro da Fazenda, esses índices alcançados não podem “se perder”. Por isso, a urgência por mudanças internas, como ocorreu em outros anos.

    “No passado acumulamos reservas, pagamos nossa dívida externa, fomos credores do FMI [Fundo Monetário Internacional]. Tudo isso aconteceu no segundo mandato do presidente Lula e protegemos a economia brasileira da onda externa que veio muito negativa”, explicou.

    O ministro afirmou ainda que “quanto mais desafiador o cenário externo, maior a pressa” para tratar dos assuntos.

    “Os juros nos EUA não compete a nós decidir, o preço do petróleo não compete a nós decidir. O que o Brasil tem feito, sobretudo pela sua diplomacia, é levar uma mensagem de paz, de nova governança internacional, para que o mundo encontre instrumentos para enfrentar os desafios que estão colocados”, completou Haddad.

    Impactos na economia global

    Embora Israel não seja um grande produtor de petróleo, a escalada das tensões no Oriente Médio assustou os investidores.

    A inflação, o receio de uma recessão econômica global e uma correção após meses de alta fizeram com que os preços do petróleo nos EUA caíssem de cerca de US$ 95 (R$ 488,99) há algumas semanas para pouco mais de US$ 80 (R$ 411,78) na semana passada.

    Na manhã de segunda-feira (9), no entanto, os preços do petróleo nos EUA subiram acima dos 3%, ultrapassando US$ 85 (R$ 437,52) por barril, depois de reduzirem os ganhos durante a noite.

    O petróleo Brent, referência global, também subiu quase 3%, sendo negociado a quase US$ 87 (R$ 447,82) o barril.

    Sobre o conflito

    Israel declarou formalmente guerra ao Hamas no domingo (8), após um ataque surpresa do grupo no sábado (7).

    Segundo as autoridades, o conflito já deixou mais de 1000 mortos, com pelo menos 700 pessoas mortas em Israel e 400 na Palestina.

    A CNN apurou que mais de 1.700 pessoas já procuraram o governo brasileiro em busca de apoio para deixar Israel, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores.

    Veja também: Ações da Petrobras têm forte alta em meio a conflito entre Israel e Hamas

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