Em 10 anos, economia da Venezuela recua 62% sob Maduro, diz estudo
Segundo estudo, PIB da Venezuela saiu de US$ 258,93, em 2013, para US$ 97,12 bi, no ano passado, em queda de 62,5%


Um levantamento do economista-chefe da agência classificadora Austin Rating, Alex Agostini, mostra que a economia da Venezuela recuou 62,5% entre 2013 e 2023, sob Nicolás Maduro. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) apontou a recondução do atual presidente do país vizinho nesta segunda-feira (29).
O produto interno bruto (PIB) da Venezuela (em preços correntes) caiu de US$ 258,93 bilhões, em 2013, para US$ 97,12 bilhões, em 2023, segundo o levantamento. A tendência é de que a economia do país vizinho movimente em 2024 cerca de US$ 102,33 bilhões (elevação anual de 4%).
A maior queda neste período se deu em 2020, no primeiro ano da pandemia de Covid-19, quando o PIB retraiu cerca de 30%. No ano anterior, o recuo havia sido de 27,7%. Nos últimos dois anos, contudo, parte das perdas foram recuperadas, com avanços de 8% e 4%, respectivamente.
Foram utilizados dados do World Economic Outlook, do Fundo Monetário Internacional (FMI), e do Banco Mundial. As bases utilizadas mostram números até abril deste ano. Confira a série compilada pela agência classificadora:
- 2013: US$ 258,93 (1,3%)
- 2014: US$ 214,69 (-3,9%)
- 2015: US$ 125,45 (-6,2%)
- 2016: US$ 112,92 (-17%)
- 2017: US$ 115,88 (-15,7)
- 2018: US$ 102,02 (-19,7%)
- 2019: US$ 73,00 (-27,7%)
- 2020: US$ 43,79 (-30%)
- 2021: US$ 57,67 (1%)
- 2022: US$ 92,10 (8%)
- 2023: US$ 97,12 (4%)
- 2024: US$ 102,33 (4%, estimativa)
A compilação de bases ainda mostra que em 2013 um a cada três venezuelanos estavam na pobreza (33,1%), enquanto em 2021 nove a cada dez pessoas do país vizinho se encontravam nesta situação (90,8%). No mesmo período a extrema pobreza saiu de 11,4% para 68%. Não há dados para o período subsequente.
A inflação, por sua vez, saiu de 56,2% em 2013 e chegou a atingir 130060,2% em 2018. Desde então recuou e deve fechar 2024, segundo estimativa, em 160%. O desemprego, por modelo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), se manteve constante, abaixo de 8%, durante todo o período.