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    Economia não está evoluindo para aumentar mercado formal, diz especialista

    Atividades informais voltaram a crescer em 2021, e trabalhadores do setor devem receber incentivos para formalização, avaliou o especialista Edson Vismona à CNN

    Giovanna Galvanida CNN em São Paulo

    As atividades que operam “à margem” da legislação, como empregos informais, voltaram a crescer em 2021, mas os sinais da economia não apontam para a absorção desse setor ao mercado formal, avaliou o presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), Edson Vismona, em entrevista à CNN nesta terça-feira (7).

    Neste ano, o montante não declarado movimentado pelos informais foi de R$ 1,3 trilhão, quase 17% do PIB brasileiro, apontam dados de um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo ETCO.

    O grupo dos informais analisados engloba tanto os que realizam atividades lícitas, como venda de alimentos em estações de ônibus ou serviços não declarados no geral, quanto quem atua no mercado ilícito – como a venda de produtos falsificados ou contrabandeados, por exemplo.

    Para Vismona, há um movimento conhecido de “gangorra” do mercado informal, sendo comum que a informalidade cresça em momentos de queda da atividade econômica. No entanto, não há sinais de que haja uma reversão desta tendência no horizonte próximo.

    “A pandemia foi um ponto fora da curva, afetou toda e qualquer atividade econômica. Com a retomada, identificamos rapidamente que a informalidade esta ampliando seu espaço, mas a economia não está, pelos índices, evoluindo em patamares que possam absolver mais o emprego formal”, disse Vismona.

    “A informalidade começa a crescer porque a economia não está dando as respostas de crescimento no sentido de incorporar e ampliar o mercado de trabalho”, avaliou.

    Para o presidente do ETCO, é necessário incentivar medidas de acesso dessa parcela da população à formalização, já que, com isso, podem ser garantidos acessos a benefícios como os programas de previdência social.

    “Temos que manter medidas já existentes, como o SIMPLES, o MEI, a facilitação para que as pessoas possam se regularizar pagando um imposto menor”, afirmou.

    “Isso é importante. Nós temos esses mecanismos e temos que continuar incentivando que esse empreendedor se formalize. Por outro lado, temos que atuar para dificultar o espaço da ilegalidade”, disse Edson Vismona.

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