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    Economia dos EUA cresce 2,9% no 3º trimestre; resultado vem melhor que esperado

    Resultado mostra uma melhoria em relação à leitura inicial do governo em outubro, que mostrou crescimento de 2,6% na atividade econômica

    Chris Isidoredo CNN Business

    A economia dos EUA cresceu mais rápido do que o esperado no terceiro trimestre, de acordo com o último relatório do produto interno bruto, que mostrou que o PIB (Produto Interno Bruto) do país aumentou a uma taxa anualizada de 2,9%.

    O resultado mostra uma melhoria em relação à leitura inicial do governo em outubro, que mostrou crescimento de 2,6% na atividade econômica, e melhor do que a previsão do Refinitiv de 2,7%.

    O número também reflete uma reviravolta marcante das contrações econômicas de 1,6% no primeiro trimestre do ano e de 0,6% no segundo.

    O crescimento acima do esperado ocorreu porque os gastos do consumidor foram maiores que a leitura anterior do governo, enquanto o valor das importações foi revisado para baixo. As importações são subtraídas do PIB, que é a medida ampla da atividade econômica dentro do país.

    A leitura forte não elimina necessariamente o risco previsto por muitos economistas de que a economia dos EUA entre em recessão em algum momento do próximo ano.

    Mas o crescimento mais forte do que o esperado mostra a resiliência da economia ao lidar com os ventos contrários causados ​​pela política contracionista do Federal Reserve (BC dos EUA) de grandes aumentos nas taxas de juros em uma tentativa de desacelerar a economia para domar a inflação de décadas.

    O mercado de trabalho dos EUA, que será medido novamente quando o relatório de empregos de novembro for divulgado na sexta-feira, continua forte, com empregadores ainda contratando e desemprego perto de uma baixa de meio século.

    E enquanto os consumidores estão lutando com preços mais altos, eles continuam gastando dinheiro. Mais de dois terços da atividade econômica dos EUA é impulsionada pelos gastos do consumidor.

    Um dos maiores empecilhos ao crescimento econômico é a retração nos gastos com a construção de casas diante das taxas de juros mais altas. O relatório do PIB mostrou que o investimento na construção de moradias cortou 1,4 ponto percentual do crescimento geral. Isso significa que a economia teria crescido a um ritmo anualizado muito forte, de 4,3%, se os gastos com construção de casas tivessem permanecido estáveis.

    “Os aumentos das taxas do Federal Reserve até o momento apenas levaram o setor imobiliário a uma recessão, onde o restante da economia continua funcionando razoavelmente bem”, disse Christopher Rupkey, economista-chefe da empresa de pesquisa de mercado Fwdbonds.

    O relatório dá sinal verde para que o Fed continue agressivo no aumento das taxas, disse Rupkey.

    “Os gastos do consumidor e o investimento empresarial em equipamentos parecem bons, apesar do Federal Reserve ter aumentado as taxas de juros em 3,75 pontos percentuais este ano”, disse ele. “Se o Fed está tentando desacelerar a economia pisando no freio, ainda não fez o suficiente.”

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