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    Economia da China fecha 2021 com crescimento de 8,1%

    Resultado é o ritmo mais lento em um ano e meio - mas maior do que o esperado por economistas

    Laura Heda CNN

    A economia da China cresceu apenas 4% no último trimestre de 2021, seu ritmo mais lento em um ano e meio, momento em que enquanto o país enfrentava uma crise imobiliária cada vez mais profunda, novos surtos de Covid-19 e a estrita abordagem de não-tolerância de Pequim para controlar o vírus.

    Ainda assim, esse número foi maior do que o esperado pelos economistas.

    Para todo o ano de 2021, o PIB cresceu 8,1%, praticamente em linha com as expectativas dos analistas. O governo chinês estabeleceu uma meta na primavera passada para que sua economia expandisse pelo menos 6% no ano.

     

    O crescimento no último trimestre do ano foi impulsionado pela produção industrial, que cresceu 4,3% em relação ao ano anterior – acelerando em relação ao crescimento de 3,8% de novembro.

    Mas o consumo enfraqueceu dramaticamente. As vendas no varejo aumentaram apenas 1,7% em dezembro em relação ao ano anterior, bem abaixo do aumento de 3,9% em novembro.

    A China vem enfrentando uma série de problemas recentemente, incluindo tumulto em seu setor imobiliário e uma série de surtos de Covid-19.

    A problemática incorporadora imobiliária chinesa Evergrande – que tem cerca de US$ 300 bilhões em passivos totais – vem lutando para pagar suas dívidas e foi recentemente condenada a demolir algumas dezenas de prédios no país.

    Os analistas há muito temem que um colapso do Evergrande possa desencadear riscos mais amplos para o mercado imobiliário da China, prejudicando os proprietários de imóveis e o sistema financeiro mais amplo.

    Enquanto isso, a insistência inabalável de Pequim em eliminar qualquer vestígio do coronavírus está enfrentando um enorme teste, à medida que as autoridades lidam com a disseminação acelerada da Ômicron. E um surto da variante Delta recentemente forçou o centro industrial de Xi’an ao bloqueio, afetando as linhas de produção de fabricantes globais de chips como Samsung e Micron.

    Economistas alertaram que a abordagem de zero Covid da China para conter o vírus pode significar sérios problemas para a economia em 2022. O Goldman Sachs, por exemplo, reduziu sua projeção de crescimento econômico chinês em 2022 para 4,3% de 4,8%, pouco mais da metade cifra do ano.

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