Economia brasileira em 2022 está melhor do que o esperado, diz professor
PIB registrou crescimento de 1,2% no segundo trimestre de 2022 em comparação com os três primeiros meses do ano, informou o IBGE
A economia brasileira cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022, apontou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e o número está acima da expectativa que os economistas tinham no começo do ano, que era de 0,5%. Hoje, as apostas estão por volta de 2%.
Dessa forma, em entrevista à CNN, Carlos Primo Braga, ex-diretor do Banco Mundial e professor da Fundação Dom Cabral, afirmou que a economia brasileira em 2022 está melhor do que o esperado.
Ele aponta que alguns dos motivadores para o resultado do PIB foram: a política de expansionismo fiscal, ou seja, a PEC dos precatórios; e as medidas com relação ao fundo de garantia, seja a antecipação do décimo terceiro salário.
Porém, quanto ao futuro, o analista afirma que independente de quem for eleito, encontrará uma situação fiscal no que vem extremamente preocupante em 2023.
“Se observarmos, por exemplo, a questão do aumento do auxílio emergencial, que não está no orçamento – mas que os dois candidatos que estão no topo das pesquisas de opinião para as eleições dizem que vão manter os R$ 600 – só isso, tem um custo significativo, que vai ser praticamente da ordem de R$ 60 bilhões. Se a gente soma isso também, com a hipótese de um reajuste de 18% do funcionalismo e também toda questão da manutenção de isenções fiscais, como o PIS/Cofins, etc. Tudo isso dá uma soma de ordem de R$ 160 bilhões.”
“Isso é mais um menos o valor que a gente tem atualmente no governo para medidas discricionárias. No final das contas, isso significa que dinheiro para investimentos, por exemplo, do setor público vai ser praticamente nulo”.
A expectativa de Primo Braga é que a economia brasileira em 2022 seja melhor do que em 2023.