Dono da Riachuelo defende ‘nova CPMF’: ‘melhor tributo do ponto de vista social’
Para Flávio Rocha, novo tributo deve ser criado desde que outros sejam eliminados
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (6), Flávio Rocha, presidente do conselho de administração da Riachuelo, defendeu a “nova CPMF”, possível novo imposto sobre transações eletrônicas, e disse que existe “preconceito” em torno do debate.
Na avaliação do empresário, o imposto “é o melhor que existe tanto do ponto de vista de justiça social, como no de simplificação e equidade”.
Rocha, que apoia a criação do novo tributo desde que outros sejam eliminados, afirmou que a melhor parte da reforma tributária enviada pelo Ministério da Economia ao Congresso Nacional, é “desonerar o pior imposto que tem e criar uma base universal, com uma alíquota praticamente indolor”.
Para ele, as três bases tributárias clássicas estão totalmente “exauridas”. Segundo Rocha, a riqueza ganha, chamada de imposto de renda; a riqueza gasta, que são os impostos sobre consumos; e a tributação do patrimônio.
“Tem 70 impostos recaindo em cima dessas três colunas de apoio do sistema tributário clássico”, falou.
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“Mas o Brasil, por sorte, tem o sistema bancário de primeiro mundo que permite ser pioneiro na base tributária do futuro, que é tributar a riqueza não quando é ganha, gasta ou guardada, mas quando se move”, acrescentou.
Esta base, na visão do empresário, “é extremamente justa, progressiva, de baixo custo de arrecadação e que elimina a sonegação”.