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    Dona da Tiffany e Dior ganha impulso com reabertura econômica da China

    Ações da LVMH, maior grupo de luxo do mundo, saltaram para recorde após registrar fortes vendas no primeiro trimestre

    Anna Coobanda CNN , Londres

    As ações da LVMH, o maior grupo de luxo do mundo, saltaram para um recorde após registrar fortes vendas no primeiro trimestre, impulsionadas pela reabertura econômica na China.

    Os papeis da empresa mais valiosa da Europa subiram 4,6% na quinta-feira, para 875 euros (US$ 965) cada, aumentando a fortuna de seu proprietário Bernard Arnault, que já é o homem mais rico do mundo.

    A LVMH foi alvo de oponentes das reformas previdenciárias do presidente francês Emmanuel Macron na quinta-feira. Manifestantes que participaram de uma greve nacional contra o aumento da idade de aposentadoria forçaram a entrada na sede da empresa em Paris.

    “Se Macron quer encontrar dinheiro para financiar o sistema previdenciário, ele deve vir aqui para encontrá-lo”, disse Fabien Villedieu, um líder sindical, à afiliada da CNN, BFMTV, do lado de fora do prédio.

    A dona de marcas como Tiffany & Co. e Dior divulgou na quarta-feira vendas de 21 bilhões euros (US$ 17 bilhões) nos primeiros três meses do ano, um aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2022.

    O conglomerado disse que as vendas do primeiro trimestre na Ásia, excluindo o Japão, aumentaram 14% em relação ao ano anterior, o que representou uma “recuperação significativa”.

    As vendas foram impulsionadas pelo relaxamento das restrições do coronavírus na Ásia, disse a LVMH em comunicado. A China encerrou sua política estrita de Covid zero em dezembro.

    “Registramos uma boa recuperação na China, o que é um bom presságio para o resto do ano”, destacou Jean-Jacques Guinoy, diretor financeiro da companhia, na quarta-feira.

    As linhas de cosméticos da empresa ainda estão “um pouco sob pressão” na China continental, acrescentou Guinoy, embora artigos de couro e joias tenham um bom desempenho na segunda maior economia do mundo. “No geral, estamos extremamente otimistas”.

    Na Europa e no Japão, as vendas do primeiro trimestre foram fortes, subindo 24% e 34%, respectivamente, graças à “demanda robusta” de consumidores locais e viajantes internacionais. Nos Estados Unidos, as vendas subiram 8%.

    As ações da empresa de US$ 460 bilhões dispararam 29% desde o início do ano, com o mercado de bens de luxo se mostrando resiliente diante da alta inflação global e dos temores de que algumas economias possam entrar em recessão.

    Arnault, presidente e CEO da LVMH, ultrapassou Elon Musk e se tornou a pessoa mais rica do mundo em dezembro, com um patrimônio líquido total de US$ 198 bilhões contra os US$ 176 bilhões de Musk, segundo o Bloomberg Billionaires Index.

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