Dívida pública sobe 2,03% e vai a R$ 5,7 trilhões em fevereiro
No total, as emissões de papéis soaram R$ 119,005 bilhões, enquanto os resgates totais foram de R$ 30,854 bilhões
A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil avançou levemente em 2,03% em fevereiro. Com isso, o valor nominal da DPF sobe para R$ 5,730 trilhões, ante R$ 5,616 trilhões no mês anterior.
Os dados foram divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (30). A DPF, que inclui o endividamento interno e externo do governo federal, é a emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, que arrecada menos do que gasta.
A alta é resultado do gasto de R$ 36,146 bilhões em juros apropriados. Tal valor, no entanto, foi abatido nos R$ 78,115 bilhões em resgate líquido.
“Pressão inflacionária e aumento das tensões geopolíticas provocadas pela guerra na Ucrânia seguiram elevando a aversão ao risco nos mercados globais e provocando volatilidade nos principais índices acionários. No Brasil, esse cenário se refletiu na curva de juros local, que operou pressionada durante a maior parte do mês”, explica o Tesouro.
No total, as emissões de papéis soaram R$ 119,005 bilhões, enquanto os resgates totais foram de R$ 30,854 bilhões.
Ainda de acordo com o Ministério da Economia, enquanto o custo médio do estoque da DPF em 12 meses avançou de 8,61% ao ano para 8,68% a.a., o custo médio das emissões em oferta pública no mercado nacional apresentou aumento, passando de 8,9% a.a. em janeiro para 9,5% a.a. em fevereiro.
Em 2021, a DPF avançou 12%. A expectativa da equipe econômica é de que a Dívida Pública feche este ano entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões.