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    Dívida pública cai 0,87% e alcança R$ 7,2 trilhões em janeiro, diz Tesouro

    Segundo os dados do BC, divulgados no fim de janeiro, a dívida bruta fechou 2024 em 76,1% do PIB

    Cristiane Nobertoda CNN

    A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil reduziu 0,87% em janeiro e o estoque alcançou R$ 7.252,68 trilhões, ante R$ R$ 7.316,07 em dezembro do ano passado, em valores nominais, segundo os dados da Secretaria do Tesouro Nacional, divulgados nesta quarta-feira (26).

    Segundo a pasta, os números foram impulsionados principalmente pelos resgates realizados, que somaram R$ 255,3 bilhões, contra R$ 145,51 bilhões em novas emissões.

    Em 2024, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) teve seu estoque diminuído em 0,23%, passando de R$ 6.966,88 trilhões em no mês anterior para R$ 6.950,87 trilhões em janeiro, devido ao resgate líquido, no valor de R$ 79,97 bilhões, neutralizado em parte pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 63,97 bilhões.

    Com relação ao estoque da dívida pública federal externa (DPFe), houve variação negativa de 13,57% sobre o estoque apurado em dezembro, encerrando o mês de janeiro em R$ 301,81 bilhões (US$ 51,77 bilhões), sendo R$ 249,21 bilhões (US$ 42,75 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 52,59 bilhões (US$ 9,02 bilhões) relativos à dívida contratual.

    O Tesouro também informou que a curva de juros, que havia se elevado em dezembro, registrou uma leve melhora, mas o custo das emissões de títulos ainda se manteve elevado devido ao cenário de inflação crescente e juros altos.

    Segundo a pasta, o custo médio das emissões de títulos públicos também foi afetado, com as taxas mais altas pressionando o governo a buscar um ajuste na emissão de títulos para manter a eficiência no financiamento da dívida.

    Segundo os dados do Banco Central (BC), divulgados no fim de janeiro, a dívida bruta fechou 2024 em 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB), uma alta de 2,2 pontos percentuais no acumulado do ano.

    Segundo a autoridade monetária, foi o segundo ano consecutivo de aumento na dívida pública brasileira. Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a dívida do país já avançou 4,4 pontos percentuais.

    A metodologia utilizada entre as duas pastas é diferente. O BC considera todas as obrigações do governo e inclui as dívidas dos estados e municípios, mas não leva em conta os ativos do governo.

    Já o cálculo do Tesouro, é considerado todo o estoque de títulos emitidos pelo governo, tanto no Brasil quanto no exterior e os respectivos vencimentos.

    Planejamento flexível

    O Tesouro Nacional também admite que pode haver “ajustes” no volume e no perfil das emissões dos títulos de dívida, caso haja piora ou melhora no cenário econômico nos próximos meses.

    Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Helano Borges Dias, o planejamento do Tesouro é flexível, o que significa que, se o cenário econômico melhorar, com a inflação diminuindo e o apetite por risco dos investidores crescendo, ele poderá emitir papéis a custos mais baixos e melhorar a qualidade das emissões.

    “Eventualmente a gente muda o ritmo dependendo do mercado, aspectos sazonais, calendários institucionais, o nosso cenário do PAF [Plano Anual de Financiamento] permite a gente acelerar ou reduzir também a qualidade dos papéis que a gente está emitindo”, disse.

    “Mas, a gente teve uma melhora na qualidade recentemente e está contemplado nos nossos cenários nosso planejamento”.

    Ele ainda reforçou que o governo é um “tomador de preço”, e não define os preços das emissões, mas se adapta ao mercado e às condições econômicas.

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