Diversidade de fontes de energia impediu apagão no Brasil, diz Bento Albuquerque
Chefe da pasta se reuniu com investidores em Londres e falou à CNN
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou, em entrevista à CNN, que a diversidade de fontes de energia presentes no Brasil impediu um racionamento. A fala foi feita pelo chefe da pasta em Londres, onde ele se reuniu com investidores.
“O Brasil tem uma abundância e diversidade de fontes de energia”, afirmou Albuquerque.
De acordo com o ministro, toda essa variedade é considerada pelo país, especialmente as renováveis. “Nós não podemos ficar dependentes apenas de uma fonte”, disse.
“Um exemplo claro disso é escassez hídrica que o Brasil passou no último ano, e que, se nós não tivéssemos outras fontes de energia, teríamos tido racionamento e apagão.”
Energia limpa
Em declaração feita em uma participação no painel da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e da Raízen na COP26, em Glasgow, na Escócia, nesta quarta-feira (3), Albuquerque afirmou que o Brasil deve ter 50% de sua matriz energética limpa até 2030 – uma evolução dos atuais 48%, classificados pelo ministro como “já impressionantes”.
Albuquerque não citou especificamente quais seriam as estratégias para alcançar o objetivo, mas destacou o papel dos biocombustíveis no setor do transporte.
“Os biocombustíveis, em particular o etanol e biogás, cuja principal fonte também é a cana-de-açúcar, têm desempenhado e desempenharão um papel ainda mais significativo nos esforços de descarbonização do setor de transporte”, declarou.
“Os produtos da cana-de-açúcar respondem atualmente por 19% da matriz energética brasileira, com participação do etanol, do bagaço, da bioeletricidade e do biogás”, complementou.
Para o ministro, as discussões na COP26 estão mais “amadurecidas” em relação à COP25, que ocorreu em 2019 em Madri, na Espanha. “O mundo teve oportunidade de refletir nesses dois anos e se organizar melhor, mesmo com a pandemia, para esse evento de importância para o mundo”.
(*Com informações de Giovanna Galvani e Nicole Diniz, da CNN)
(Publicado por Daniel Fernandes)