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    Dia dos Solteiros: A ‘Black Friday chinesa’ mostra vigor econômico na pandemia

    Tradicional data do comércio chinês mostra, em 2020, a recuperação do país após a Covid-19, com Alibaba e outros varejistas esperando recordes

    Por Sherisse Pham, do CNN Business

    O 11 de novembro é um dos dias mais aguardados pelos consumidores chineses – e pessoas de todo o mundo que compram de sites do país. Conhecido como “Dia dos Solteiros” (em referência aos quatro uns de 11/11 que seriam quatro pessoas solitárias) é, além de um anti-Dia dos Namorados, também tido como uma “Black Friday” do país asiático.

    A varejista Alibaba começou a oferecer descontos para o Dia dos Solteiros em 2009 e, desde então, transformou o evento em uma festa de compras online.

    Outras plataformas de e-commerce chinesas como JD.com (JD), Pinduoduo (PDD) e Red, bem como lojas físicas regulares também participam. O evento do Rival JD.com dura quase duas semanas – mais do que o do Alibaba.

    Nos últimos anos, o Dia do Solteiro também tem ganhado força fora da China: a subsidiária do Alibaba no sudeste da Ásia, Lazada, oferece descontos “Double 11” em Cingapura, Malásia, Indonésia, Tailândia e Vietnã.

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    Força da economia chinesa

    O evento rende regularmente dezenas de bilhões de dólares para a Alibaba e outras empresas de comércio eletrônico e varejo no país. Este ano, o Dia dos Solteiros assume novo significado como uma vitrine para o sucesso do país no combate aos estragos econômicos da pandemia de Covid-19.

    Há expectativa de novas quebras de recordes: o Alibaba disse na manhã de quarta-feira que o frenesi anual de vendas até agora rendeu 372,3 bilhões de yuans (US$ 56,3 bilhões ou cerca de R$ 300 bilhões). O total inclui os primeiros 30 minutos do evento, junto com um período anterior de três dias que foi adicionado para impulsionar as vendas pós-pandemia.

    Com esses dias adicionados, a varejista já bateu o recorde obtido durante o período de 24 horas do Dia dos Solteiros no ano passado. Na ocasião, a Aliababa vendeu 268,4 bilhões de yuans (US$ 40,5 bilhões) em mercadorias durante o evento de 2019, crescendo 25% ano a ano.

    “A economia da China teve uma forte recuperação e os comportamentos de compra dos consumidores chineses já retornaram aos níveis pré-pandêmicos, se não mais altos”, de acordo com Xiaofeng Wang, analista da empresa de pesquisa de mercado Forrester.

    A China relatou um crescimento econômico pelo segundo trimestre consecutivo no mês passado, mostrando rapidez para se recuperar da pandemia.

    Para marcas e varejistas lutando para se recuperar aapós meses de lojas fechadas e consumidores recolhidos dtro de casa, o Dia dos Solteiros é um evento de suma importância para salvar o ano.

    Uma pesquisa da empresa de pesquisa de mercado Oliver Wyman descobriu que 86% dos consumidores chineses estão dispostos a gastar o mesmo ou mais do que gastaram no Dia dos Solteiros do ano passado.

    Os compradores chineses “continuam gastando como loucos”, disse o sócio da Oliver Wyman, Jacques Penhirin, que liderou a pesquisa.

    Já os 14% restantes dos entrevistados disseram que gastarão menos no Dia dos Solteiros, porque a pandemia trouxe muita incerteza para eles.

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