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    Desvalorização cambial é tendência em emergentes e Brasil sofre mais, diz secretário de Haddad

    Em entrevista à imprensa, Mello afirmou que o aumento das expectativas para a inflação no Brasil e a elevação dos juros futuros no país dialogam com o cenário de desvalorização do real

    Reuters

    O processo de desvalorização cambial é uma tendência em países emergentes diante de um cenário internacional mais turbulento, disse nesta quinta-feira o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, argumentando que o Brasil sofre mais com oscilações por ter um mercado de câmbio mais aberto, também citando incertezas domésticas.

    Em entrevista à imprensa, Mello afirmou que o aumento das expectativas para a inflação no Brasil e a elevação dos juros futuros no país dialogam com o cenário de desvalorização do real, ressaltando que a pasta está produzindo estudos sobre o tema.

    No cenário externo, a indicação de permanência dos juros nos Estados Unidos em patamar mais elevado por mais tempo, em relação ao que era esperado no início do ano, tende a fortalecer o dólar globalmente.

    Internamente, segundo o secretário, contribuíram para a desvalorização do real incertezas sobre a política monetária, a sucessão no comando do Banco Central e a política fiscal.

    Para Mello, as incertezas internas “vêm sendo debeladas” nas últimas semanas.

    Na avaliação do secretário, com a evolução dos dados fiscais do governo e a apresentação do Orçamento de 2025, serão reduzidos ruídos e incertezas, o que deixará o câmbio mais próximo de um patamar considerado estrutural, sem detalhar que nível seria esse.

    “Acredito que não há nenhuma mudança estrutural do ponto de vista dos fundamentos macroeconômicos brasileiros, continuamos muito saudáveis do ponto de vista internacional, nossas contas externas estão muito positivas”, afirmou, citando ainda desempenhos melhores que o esperado pelo mercado em dados fiscais e de atividade.

    Nesta quinta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,89%, a 5,5887, com as cotações impactadas pelo receio de que o governo Luiz Inácio Lula da Silva não cumpra a meta fiscal e pelo avanço firme da moeda norte-americana também no exterior.

     

    (Por Bernardo Caram)

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