Decisões de juros dos principais BCs do Ocidente pautam “super semana”; entenda
Nos EUA, expectativa é que autoridade eleve taxa básica em 0,25 ponto percentual; no Brasil, a taxa deverá permanecer em 13,74% a.a..
Os principais bancos centrais do Ocidente tomam decisões sobre juros nesta semana.
Na quarta-feira, é a vez dos BCs brasileiro e americano (Fed). Nos EUA, expectativa é que a autoridade monetária eleve a taxa básica em 0,25 ponto percentual – para a banda entre 4,5% ao ano e 4,75% ao ano. No Brasil, a taxa deverá permanecer em 13,74% a.a..
No BCE (Banco Central Europeu) e no BoE (Banco Central da Inglaterra), a alta deve ser de 0,5 p.p. nos dois casos, a 2,5% no caso do BCE e 4% no Reino Unido.
Todos esses países têm o mesmo problema: inflação alta, e um único instrumento: taxa de juros. Mas cada um deles depende de uma dosagem, refletindo a realidade diferente das economias e a exposição à fragilidade do choque de preços.
No caso do Reino Unido e dos demais países europeus, vale destacar que as economias ficaram extremamente frágeis ao choque de preços de energia.
No Brasil, a primeira reunião de política monetária do ano, com um BC independente em um governo Lula, atrai atenção não só pela decisão da taxa de juros, mas pelos recados que o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, vai passar à gestão petista.
Para não perder o caráter institucional, o BC deve expressar preocupação com decisões arriscadas sobre gastos públicos e debates fora de propósito, que atrapalham a derrubada da inflação e, portanto, dos juros.
Entre os alvos do Comitê de Política Monetária, pode estar a volta dos bancos públicos como indutores de crescimento, não só do Brasil, mas dos países vizinhos da América Latina.
Questionamentos sobre a credibilidade do BC ou do sistema de metas da inflação também deve aparecer como fonte de risco para a economia.
Com informações de Thais Herédia