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    Debate sobre dividendos na Petrobras foi uma falsa crise, diz Prates ao CNN Money

    Para o ex-presidente da Petrobras política de pagamento de lucros havia sido explicada para o mercado e teve reação positiva do mercado

    Débora Oliveirada CNNPatrick Fuentescolaboração para a CNN

    O ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates, em entrevista ao CNN Money, classificou o debate sobre os dividendos como uma falsa crise.

    “Quando a anunciamos que o percentual do pagamento de dividendos ordinários iria cair, as ações da empresa subiram. No fim, apesar dessa ‘crise’, a distribuição de dividendos foi feita da forma como havíamos planejado”, ressaltou nesta segunda-feira (9).

    Para o ex-presidente a política de pagamento de lucros havia sido explicada para o mercado, justificando a reação positiva dos operadores.

    “Esse debate sobre a política de dividendo foi uma falsa crise criada e minou a nossa gestão. Fico triste com isso, principalmente, porque estava fazendo um bom trabalho. Mas não tenho ressentimento, é parte da vida e da política essas situações”, disse.

    Prates considera que a falta de elo entre acionista e diretoria através do Conselho é o único ponto sensível atualmente na governança da Petrobras.

    “Não existem ritos de ordem direta entre governo federal ao Conselho da companhia, para que esta possa instruir a diretoria sobre as orientações do que deve ser feito na empresa”, pontua.

    Guerra na Síria

    Prates considera que o preço do petróleo pode ser afetado pela queda do governo do sírio Bashar al-Assad neste domingo (8).

    “Embora a Síria não seja uma grande exportadora ou dona de grandes reservas de petróleo, é uma importante passagem para países que são”, explicou.

    Segundo o ex-presidente da Petrobras, países do Oriente Médio atualmente passam por momentos geopolíticos que os cortam ou limitam o acesso ao mercado.

    “Hoje os Estados Unidos é o maior produtor de petróleo do mundo e o maior beneficiário desses conflitos no Oriente Médio. Trump já sinalizou que não pretende frear a produção”.

    Para o ex-presidente da Petrobras, esses conflitos estendem o ciclo do petróleo, com esses países mantendo grandes estoques de reservas e menor escoamento, o que afeta o fluxo no mercado e, por consequência, os preços.

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