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    Criação de empregos formais acelera para 201,7 mil em junho, diz Caged

    No acumulado do ano, resultado ficou positivo em 1,3 milhão de postos de trabalho

    Cristiane NobertoGabriel Bosa Brasília e São Paulo

    A abertura de vagas formais de emprego no Brasil acelerou para 201,7 mil em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em maio, o número havia sido de 139,3 mil postos formais.

    O resultado de junho é a diferença de 2,07 milhões de admissões contra 1,89 milhão de demissões.

    No acumulado do ano, o resultado ficou positivo em 1,3 milhão de postos de trabalho, enquanto nos últimos 12 meses o acumulado soma 1,72 milhão.

    O resultado de junho veio 29,5% acima do registrado no mesmo mês do ano passado, quando o saldo ficou positivo em 155,6 mil vagas com carteira assinada.

    Os cinco principais grupos de trabalho registraram saldo positivo em junho. A fila foi puxada com folga pelo setor de serviços, com 87,7 mil postos, seguido por comércio (33,4 mil) e indústria (32 mil). Agropecuária e construção fecham a lista, com a criação de 27,1 mil e 21,4 mil, respectivamente.

    A variação de salários mostrou estabilidade na passagem do mês. Em junho, o salário médio real de admissão ficou em R$ 2.132,84 – redução de 0,2% ante maio.

    Já na comparação com junho do ano passado, o ganho real teve alta de 2,1%.

    O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que aposta na queda da taxa básica de juros para que o governo termine o ano com mais de 2 milhões de postos de trabalho.

    “Esperamos que nossos colegas do Banco Central tenham um olhar para os dados, tanto com relação a crédito quanto investimento, investimento pressupõe em gerar empregos. Se a gente tivesse bolinha de cristal para saber a decisão deles […] poderíamos fazer previsões mais adequadas”, disse ao comentar os dados de junho.

    “Se a nossa leitura estiver correta, o nosso centro da meta é de 2 milhões”, pontuou.

    Salário segue estável

    Os dados de maio mostraram que o salário médio real de admissão se manteve estável em comparação aos meses anteriores, em R$ 2.132,82, com estabilidade (queda de R$ 5,15, -0,2%) em comparação com o valor de maio (R$ 2.137,97).

    Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 43,28 (+2,1%).

    Para trabalhadores do sexo masculino, o valor no contrato ficou em R$ 2.221,93, enquanto mulheres receberam R$ 2.008,28.

    Rio Grande do Sul

    Os números de emprego no Rio Grande do Sul continuam em queda, mas menor que em maio, devido à calamidade pública por conta das fortes chuvas que provocaram alagamentos em diversas regiões do estado.

    Em junho, 8,5 mil pessoas foram demitidas. No mês anterior, cerca de 22 mil contratos foram encerrados.

    Mesmo assim, segundo o ministro, ainda é cedo para afirmar se as vagas fechadas serão revertidas. No entanto, de acordo com ele, empresas mais consolidadas poderão reabrir as vagas, especialmente para as pessoas que foram demitidas para “preservar” o capital humano formado pela companhia.

    “Existe uma resistência das empresas quando formam um talento profissional que resiste a demitir porque é um legado da empresa. Essa pessoa passa a ter informação, experiência, se não conseguir recuperar esse talento vai ter que fazer outro”, disse.

    “Empresa séria gosta de preservar o seu recurso humano no longo prazo. Tem responsabilidade social. O ritmo das demissões vai continuar nos próximos meses mas vai diminuir. É um semestre de ajuste mas ano que vem a indústria vai chegar crescendo mas no volume de gerar impacto das novas contratações”, destacou.

    Caged x Pnad

    A metodologia utilizada para o cálculo do Caged considera apenas os trabalhadores com carteira assinada e não inclui os informais.

    Os dados do Caged são informados por empresas do setor privado, enquanto a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é feita por meio de uma pesquisa domiciliar, na qual também é contabilizada os trabalhadores informais.

    Assim, não é possível comparar os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego com os números de emprego que constam na Pnad.

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