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    Corte na produção da Saudi Aramco se deve a foco em transição energética, afirma Arábia Saudita

    Nova meta de produção fica 1 milhão de bpd abaixo da anunciada em 2020

    Refinaria da Saudi Aramco
    Refinaria da Saudi Aramco Reuters/Arquivo

    Reuters

    A Arábia Saudita decidiu suspender os seus planos de expansão da capacidade petrolífera devido à transição energética, disse o ministro da Energia príncipe Abdulaziz bin Salman Al Saud na segunda-feira (12), acrescentando que o reino tem capacidade ociosa suficiente para amortecer o mercado petrolífero em caso de conflitos ou desastres naturais.

    O governo saudita ordenou no dia 30 de janeiro que a estatal Saudi Aramco suspendesse o seu plano de expansão petrolífera e visasse uma capacidade máxima de produção sustentada de 12 milhões de barris por dia (bpd).

    A nova meta fica 1 milhão de bpd abaixo da anunciada em 2020, que estava prevista para ser alcançada em 2027.

    “Acho que adiamos este investimento simplesmente porque estamos em transição”, disse o príncipe Abdulaziz bin Salman na conferência de tecnologia petrolífera do IPTC em Dharan.

    O ministro acrescentou que a Aramco tem outros investimentos a fazer, inclusive em petróleo, gás, área petroquímica e energias renováveis.

    A Arábia Saudita disse que pretende se tornar carbono zero até 2060, enquanto a Saudi Aramco busca atingir emissões líquidas zero das suas próprias operações até 2050.

    Com o corte de produção definido entre o grupo de aliados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+), a produção de petróleo saudita está cerca de 3 milhões de bpd abaixo da sua capacidade máxima sustentável de 12 milhões de bpd.

    Ainda assim, o reino é o maior detentor mundial de capacidade não utilizada.

    “Estamos prontos para ajustar para cima ou para baixo, seja qual for a necessidade do mercado”, disse o príncipe Abdulaziz.

    O presidente-executivo da Aramco, Amin Nasser, também participou do evento e disse esperar que a demanda por petróleo aumente para 104 milhões de bpd este ano e para 105 milhões de bpd em 2025, minimizando as expectativas de que atingirá o pico em breve.

    Os números da OPEP mostram que a procura de petróleo atingiu um recorde de mais de 102 milhões de bpd no ano passado.