Corte de militares deve representar menos de 1% do pacote fiscal
Governo disse que medidas fiscais devem economizar R$ 70 bilhões até 2026
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou que o pacote fiscal que vem sendo elaborado pela equipe econômica deve ter impacto de R$ 70 bilhões até 2026. O número foi divulgado pelo chefe da pasta econômica durante um pronunciamento à nação na noite desta quarta-feira (27).
Haddad já havia antecipado em 21 de novembro que a revisão de gastos no Ministério da Defesa deve ter impacto de R$ 4 bilhões entre 2025 e 2026. O número representa menos de 1% do montante anunciado nesta quarta-feira (27).
Na ocasião, ao ser questionado por jornalistas se o impacto na pasta comandada por José Múcio seria de R$ 2 bilhões, o ministro confirmou que os valores serão atingidos a cada ano.
No pronunciamento à nação, Haddad menciona que as aposentadorias dos militares devem passar por reajustes.
“Para as aposentadorias militares, nós vamos promover mais igualdade, com a instituição de uma idade mínima para a reserva e a limitação de transferência de pensões, além de outros ajustes. São mudanças justas e necessárias”, disse.
Medidas fiscais
O pacote fiscal é esperado pelo mercado financeiro desde o fim das eleições municipais, em outubro. Desde então, Haddad tem se reunido com outros ministros da Esplanada que devem ser impactados pelas medidas fiscais.
Na última segunda-feira (25), Haddad se reuniu com o ministro da Educação, Camilo Santana, da Saúde e Nísia Trindade.
Na área da saúde, o ministro da Fazenda sinalizou em seu pronunciamento que 50% das emendas de comissões do Congresso Nacional devem ser destinadas obrigatoriamente para a saúde pública.
“O montante global das emendas parlamentares crescerá abaixo do limite das regras fiscais. Além disso, 50% das emendas das comissões do Congresso passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública, reforçando o SUS”, disse Haddad.