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    Contas do governo tem déficit primário em R$ 26,4 bi em agosto, diz Tesouro

    No acumulado de janeiro a agosto, o rombo chega a R$ 104 bilhões, pior resultado desde 2020

    Cristiane Nobertoda CNN , Brasília

    O Tesouro Nacional registrou déficit primário de R$ 26,4 bilhões nas contas do governo em agosto deste ano. Os dados foram divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta quinta-feira (28). No acumulado de janeiro a agosto, o rombo chega a R$ 104 bilhões.

    Quando as contas são maiores que o arrecadado, há déficit primário. Esta conta, porém, não inclui os custos do governo com o pagamento dos juros da dívida pública. Há superávit primário quando as receitas do governo superam as despesas.

    Na série histórica, é o pior resultado para os primeiros oito meses do ano desde 2020, quando o governo gastou mais no combate à pandemia de Covid-19. Na época, o déficit foi de R$ 753,6 bilhões, em valores corrigidos pela inflação.

    O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o governo ainda segue no objetivo do governo de atingir o número de R$ 100 bilhões, até o final do ano, defendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

    Ceron citou que “ questões sazonais” e atípicas, como a inflação e o projeto de lei do Carf.

    “A inflação está bem abaixo do que era previsto, principalmente nos índices de atacado, que é afetado por commodities. Isso deve tirar de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões nominais. (…) Nós tínhamos lançado como uma MP (Medida provisória do Carf) e se transformou em projeto de lei que ficou em discussão para ser aprimorado e foi sancionado agora. Praticamente perdemos o ano de 2023 em relação a isso. A diferença vai ser sentida em 2024”.

    O Tesouro Nacional e o Banco Central também registraram déficit em R$ 6,6 bilhões e R$ 113 bilhões, respectivamente, enquanto a Previdência Social apresentou déficit de R$ 19,7 bilhões.

    Comparado a agosto de 2022, o resultado primário observado decorre de decréscimos reais de 7,1% da receita líquida e de 18,5% da despesa total.

    Veja também: Não pagar precatórios gerou prejuízos, diz economista

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