Contas do Governo Central registram déficit de R$ 9,8 bi em agosto
Resultado primário inclui contas do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência Social, excluídas as despesas com juros
As contas do Governo Central registraram déficit primário de R$ 9,880 bilhões em agosto de 2021.
O valor é o menor para o mês desde agosto de 2015 e bem abaixo do rombo de R$ 96 bilhões registrado no mesmo mês de 2020, como consequência dos impactos da pandemia de Covid-19 na economia brasileira.
Os dados foram divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) nesta terça-feira (28). O resultado primário do Governo Central inclui as contas do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência Social, excluídas as despesas com juros.
O déficit acontece quando as receitas do governo não foram suficientes para cobrir as despesas públicas do período. Desde maio deste ano, a arrecadação federal tem registrado recordes mensais, no entanto, as contas públicas continuam no negativo.
O valor de agosto é resultado do superávit de R$ 5,955 bilhões na conta do Tesouro Nacional em agosto menos os déficits de R$ 15,815 bi na Previdência Social e R$ 20 milhões no Banco Central.
Déficit acumulado
Nos oito primeiros meses do ano, as contas acumulam déficit primário de R$ 83,312 bilhões. Apesar de 87,4% melhor que o registrado no mesmo período de 2020, o número é o quarto pior para a série histórica do Tesouro.
Na semana passada, a equipe econômica revisou a previsão para o resultado primário deste ano para um rombo de R$ 139,4 bilhões, ante R$ 155,4 bi previsto antes. Em 2020, por conta do decreto de Estado de Calamidade, necessário para o combate à pandemia, o governo ficou desobrigado de cumprir a meta fiscal daquele ano, registrando déficit de R$ 743 bi.