Conta de luz alta faz geração solar distribuída subir 53% até novembro
Segundo mapeamento, a potência instalada nos sistemas dos consumidores saltou de 4,7 gigawatts (GW) acumulados em janeiro deste ano para 7,3 GW até o início de novembro
O aumento na conta de luz dos brasileiros tem impulsionado a geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos no país.
Segundo mapeamento do Portal Solar Franquias, a potência instalada nos sistemas dos consumidores saltou de 4,7 gigawatts (GW) acumulados em janeiro deste ano para 7,3 GW até o início de novembro, um crescimento de 53% no período.
Nesta sexta-feira (12) o Brasil atingiu a marca de 12 GW de capacidade instalada da fonte, entre geração distribuída e centralizada, esta última formada pelos projetos que concorrem nos leilões de energia elétrica do governo.
De acordo com a análise do Portal Solar, baseada em dados da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o mercado de energia solar tem se mostrado cada vez mais resiliente diante dos desafios impostos pela pandemia de Covid-19.
Enquanto muitos setores perderam receita nos últimos 18 meses, quem estava no segmento solar viu as suas vendas aumentarem nesse período.
“A evolução desse mercado confirma que cada vez mais os consumidores brasileiros tomam consciência da necessidade de buscar soluções sustentáveis para enfrentar as elevadas tarifas de energia elétrica e as mudanças climáticas”, explica o CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as tarifas de energia elétrica acumulam alta de 30% nos últimos 12 meses no Brasil. Somente em 2021, a alta é de 25%, muito em função da crise hídrica.
A expectativa é de mais reajustes na conta de luz no próximo ano, por conta do uso intensivo de termelétricas fósseis, que já gerou uma conta de mais de R$ 5 bilhões para os consumidores pagarem em 2022.
Até agosto, a conta total de encargos (soma de todos os itens) a ser repassada nas tarifas do próximo ano se aproxima dos R$ 10 bilhões, de acordo com levantamento do Portal Solar Franquias, com base em dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Há ainda a possibilidade de contratação de um novo empréstimo de R$ 15 bilhões para poder arcar com todos os custos da geração de energia.
Para 2022, a projeção é de uma aceleração ainda maior em razão da continuidade do encarecimento das tarifas de energia. O mercado solar também deve ser impulsionado por questões regulatórias.
Até o final deste ano, a expectativa é que o marco legal da GD (PL 5829/19) seja aprovado pelo governo, trazendo previsibilidade e segurança jurídica para o mercado.
“Estamos em um ritmo de crescimento acelerado mesmo com as adversidades do cenário econômico nacional. Para 2022, nem mesmo a elevação dos preços dos equipamentos deverá parar a energia solar no Brasil”, afirmou Meyer.
O Portal Solar já conta com 82 franquias vendidas em 6 meses como franqueadora e prevê chegar a 100 unidades em 2021.