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    Consumo de gás natural aumentou 6,9% no primeiro trimestre, aponta Abegás

    Utilização de GNV impulsionou a alta, por conta dos preços dos combustíveis líquidos

    Stéfano Sallesda CNN , Rio de Janeiro

    O consumo de gás natural no Brasil cresceu 6,9% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, mesmo em meio ao ciclo de altas do produto.

    O número é de um levantamento da Associação Brasileira de Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), e exclui a parcela de consumo do produto como combustível para usinas termelétricas, onde a utilização está em queda por conta da normalização dos índices dos reservatórios das hidrelétricas.

    O aumento é justificado pela alta em três segmentos no qual o gás natural é utilizado: automotivo (19,2%), comércio (14,35%) e indústria (6,15%).

    Diretor de Estratégia de Mercado da Abegás, Marcelo Mendonça explica que a opção pelo produto como combustível veicular aumentou por conta dos reajustes dos combustíveis líquidos, que têm preços ainda mais elevados.

    “Há um crescimento expressivo do GNV. Apesar dos aumentos, ele segue muito competitivo. Qualquer medida que se faça para conter os preços no mercado de combustíveis precisa ter um olhar para o mercado de GNV, porque temos mais de dois milhões de usuários. Em geral, são pessoas que trabalham com transportes e fazem do combustível uma fonte de renda, por causa da competitividade”, afirma Moreira.

    No dia 29 de abril, a Petrobras anunciou um reajuste médio de 19% nos contratos de gás natural para as distribuidoras. Com isto, os preços subiram e o custo do metro cúbico do gás natural se aproximou do litro do etanol.

    No entanto, Moreira aponta que o combustível fóssil leva vantagem em relação ao biocombustível com relação à eficiência. “O metro cúbico de gás natural veicular permite rodar mais do que o litro de etanol. Portanto, a competitividade é maior”, pondera.

    De acordo com uma estimativa da associação, um veículo popular anda 7,5 km por litro de etanol, 10,7 km com gasolina, e 13,2 km por metro cúbico de gás natural.

    As altas registradas no uso pelo comércio e pela indústria foram percebidas pela entidade como reflexo da retomada econômica do país, após o ciclo mais grave de Covid-19 e o avanço da campanha de vacinação.

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