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    Consumo de energia do setor de celulose cresce no 1º semestre, aponta levantamento

    Brasil é o maior exportador mundial do produto e amplia mercado com a guerra na Ucrânia

    Stéfano Sallesda CNN , no Rio de Janeiro

    Um levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) aponta que, no primeiro semestre de 2022, o Brasil registrou alta de 17,6% no consumo de eletricidade por parte dos setores de madeira, papel e celulose.

    Em maio, o índice chegou a alcançar 22,6%.

    A instituição aponta que o fenômeno é explicado pelo aumento da demanda por insumos básicos, provocado pela guerra na Ucrânia.

    Gerente de análise e informações ao mercado da CCEE, Ricardo Gedra explica a natureza do movimento no país, que é o maior exportador mundial de celulose.

    “Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o Brasil tem 22% de participação neste mercado. A Rússia, envolvida no conflito, é uma importante exportadora, que lida agora com os impactos de um bloqueio, o que impulsiona a demanda de quem pode atender a oferta”, diz Gedra.

    O especialista aponta que, embora haja crescimento na demanda energética por madeira e papel, o maior consumo está concentrado na produção de celulose, por conta da demanda industrial pelo produto.

    “É um insumo para outros produtos, alimenta muito a cadeia de embalagens, em uma fase da economia que antecede a entrega do produto. Funciona como um sinalizador econômico de tendência. O diferencial da celulose é a questão ambiental, porque ele entra em substituição ao plástico, que não é biodegradável”, conclui.

    A alta do consumo de energia é impulsionado ainda pela inauguração de uma fábrica de celulose no Paraná, durante o segundo semestre de 2021.

    A unidade é responsável por um consumo superior ao de todo o estado do Acre, o de menor demanda energética do país.

    No Paraná, por conta da nova fábrica, a alta do consumo no setor foi de 58,8%, seguido por Minas Gerais (6,8%), Bahia (4,4%), São Paulo (4,3%) e Espírito Santo (3,9%).

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