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    Conselho da Petrobras se reúne nesta sexta (24) e pode definir nome de Magda Chambriard para presidência

    Ex-presidente da ANP foi indicada no dia 14, mesma datada demissão de Jean Paul Prates do cargo por decisão do governo Lula

    Magda Chambriard, indicada à presidência da Petrobras
    Magda Chambriard, indicada à presidência da Petrobras Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados

    Da CNN

    São Paulo

    O conselho de administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira (24) para votar a indicação de Magda Chambriard, ex-diretora da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), à presidência da estatal.

    O encontro começa de manhã e pode durar o dia todo. Magda deve entrar na reunião assim que tiver sua eleição como conselheira.

    Segundo fontes, não deve haver resistência ao nome da executiva.

    O nome foi apontado pelo Ministério de Minas e Energia no dia 14, mesma data do anúncio da demissão de Jean Paul Prates do cargo por decisão do governo Lula. O ex-senador estava no comando da estatal desde o início do terceiro mandato de Lula, em janeiro de 2023.

    A indicação Magda foi aprovada pelo comitê de pessoas da estatal nesta quarta-feira (22), após análises de potenciais conflitos de interesse e o preparo do indicado para assumir o comando da maior estatal do país.

    A Política de Indicação de Membros da Alta Administração e do Conselho Fiscal foi reformada em outubro de 2023. Ela prevê que os indicados para cargos como conselheiro(a) e presidente precisam ter inglês fluente, pós-graduação, experiência em liderança por 36 meses e conhecimento técnico na área de atuação.

    Além da presidência, caso aprovada, Magda também terá uma cadeira no conselho de administração da companhia.

    A saída de Prates foi oficializada no último dia 15, com a nomeação de Clarice Coppetti, diretora-executiva de Assuntos Corporativos, para a presidência interina.

    Quem é Magda Chambriard

    Magda Chambriard se formou em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1979.

    É mestre em Engenharia Química pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa (Coppe) e foi aluna do setor de ensino do Rio da Petrobras em 1980, ano em que entrou pela primeira vez na estatal.

    Magda trabalhou pouco mais 22 anos na Petrobras. Foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre 2012 e 2016, durante os governos dos ex-presidentes Dilma Roussef e Michel Temer.

    O órgão regulador da Petrobras monitora a cadeia das indústrias de biocombustíveis, gás natural e petróleo no Brasil. Antes de chegar à direção, foi assessora, superintendente.

    Foi membro do Conselho de Administração do Pré-Sal entre 2013 e 2016, além de membro do conselho de administração da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) durante 2010 e 2016. Ela também participou como consultora em energia da Fundação Getúlio Vargas por pouco mais de cinco anos, entre 2017 e 2023.

    Como diretora geral da ANP, Magda esteve à frente da abertura de leilões para licitação de exploração de petróleo e gás natural, como em 2015, quando o Estado ofertou. Na época, afirmou que os investimentos poderiam favorecer a redução das desigualdades regionais no país.

    Foram oferecidos mais de 200 blocos para exploração em 12 estados brasileiros na 13ª rodada de licitações — para Magda, a expansão permitiria que os investimentos fossem descentralizados.

    “O que nós construímos até aqui marca nosso país como um dos ambientes regulatórios mais confiáveis e estáveis do setor petróleo, o que para nós é um bom indicativo aos investidores que acreditarem no nosso país”, declarou na época.

    Uma das principais pautas durante sua gestão na ANP foi a nova distribuição dos royalties do petróleo. A divisão reduziu parte do volume da União de 50% para 40%.

    *Com informações de Pedro Duran e Maria Clara Matos, da CNN