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    Conheça o porto saudita Rei Abdullah, um dos 20 maiores em eficiência, segundo Banco Mundial

    Em 10 anos, o volume de exportações do porto aumentou em 15 vezes

    Da CNN* , São Paulo

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    O porto Rei Abdullah, localizado no Mar Vermelho, ao norte da segunda maior cidade da Arábia Saudita, Jeddah, foi listado pela primeira vez entre os 20 maiores portos do mundo em eficiência em um relatório de 2022 do Banco Mundial, figurando na 17ª posição do ranking.

    Mas para o CEO do porto Rei Abdullah, Jay New, o negócio de exportações marítimas é sobre eficiência.

    “Tamanho é importante, mas escalabilidade é ainda mais importante. [Aqui] 75% dos contêineres destinados para a Arábia Saudita são liberados para importação em 24 horas”, afirma o CEO do porto saudita.

    Cerca de 80% das exportações feitas no mundo ocorrem por vias marítimas. Só no Brasil, a proporção é maior que 90%.

    Os três maiores portos do mundo em volume de carregamentos se localizam na China, Coreia do Sul e Singapura, sendo responsáveis por movimentar de 22 milhões a 47 milhões de contêineres por ano, de acordo com dados do World Shipping Council (WSC, ou Conselho Mundial de Navegação, em tradução livre).

    “Todos querem ser o melhor. O ponto para se atingir a máxima eficiência é que você precisa de 15 a 20 minutos apenas para atracar aqui vindo do Mar Vermelho”, defende New.

    O CEO conta que a operação do porto é totalmente integrada por interfaces digitais que ajudam a otimizar a eficiência do trabalho.

    “Temos bons operadores de terminal aqui, bons sistemas, planejamento. Desenvolvemos o que chamamos de sistema comunitário portuário, que é uma interface digital integrando as entidades”, conta New.

    Com investimento de US$ 2,7 bilhões (R$ 13,32 bilhões) para sua construção, o porto teve suas operações iniciadas em 2013, quando movimentava cerca de 1 milhão de contêineres por ano.

    Em 10 anos, o volume de exportações do porto aumentou em 15 vezes. Os carregamentos que passam por ali tem destinos que variam entre África, outros países do Oriente Médio, Índia e países do Oceano Índico.

    Segundo o CEO, o porto atende uma área relativa a cerca de 400 milhões de consumidores. E para Jay New, ainda há espaço para crescer.

    “É um negócio bom e de sucesso. Queremos continuar fazendo isso, continuar expandindo”, pontua o CEO.

    “Recebemos 47% de todo o tráfego portuário que acontece no Mar Vermelho. Ficar maior que isso é definitivamente possível, ao longo da próxima década veremos um crescimento significativo”, afirma.

    Crescimento na pandemia

    Durante a pandemia de Covid-19, o porto Rei Abdullah conseguiu manter suas operações e ainda expandir a produtividade.

    Segundo New, enquanto muitos portos enfrentavam problemas operacionais e os exportadores não sabiam onde poderiam atracar e quais portos estavam operacionais, as equipes do porto saudita se reuniram para manter a operação.

    Na avaliação do CEO, a pandemia mudou “absolutamente” a maneira como o trabalho era feito no porto, que não fechou em nenhum momento ao longo da pandemia.

    “Isso graças as equipes, os operadores de terminal, as entidades governamentais e os reguladores que se reuniram e buscaram soluções para manter as operações em curso ao longo da pandemia”, afirma Jay New.

    Veja também: Brasil importou US$ 5,3 bilhões da Arábia Saudita em 2022

    *Publicado por João Nakamura, sob supervisão de Ligia Tuon; com informações da CNN Internacional

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