Congressistas dos EUA se reúnem nesta terça-feira (30) para debater teto da dívida; entenda
Governo federal tenta aprovar texto para evitar calote histórico
Membros do Comitê de Regras da Câmara dos Estados Unidos devem se reunir nesta terça-feira (30) para debater o projeto que aumenta o teto da dívida do país até 2025.
Após semanas de embates, republicados e democratas chegaram a um acordo neste domingo (28), na tentativa de evitar que a maior economia do mundo dê um calote histórico — e com possibilidade de impactar na economia e nos mercados globais.
Também no domingo, o democrata Joe Biden e o presidente da Câmara e republicado, Kevin McCarthy, assinaram um termo para suspender temporariamente o teto da dívida e limitar gastos para ganharem tempo enquanto o texto é votado em definitivo pelo Legislativo.
Na semana passada, a secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, afirmou que o Congresso tem até o próximo dia 5 para aprovar a medida e evitar os impactos nas contas do país.
Segundo Biden, o acordo está pronto para ser levado ao Congresso para votação.
No domingo, McCarthy previu que terá o apoio da maioria de seus pares republicanos, e o líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, disse esperar apoio do seu partido.
Os próximos passos do projeto
Após ser apresentado no Comitê de Regras, o texto deve passar por votações na Câmara e no Senado. Apesar do aparente acordo entre os líderes, republicados e democratas mais radicais já anunciaram que não concordam com o texto e que deverão se opor à aprovação.
A Câmara, que os republicanos controlam por uma estreita maioria de 222 a 213, deve analisar a matéria primeiro.
Uma maioria simples — de pelo menos 218 votos se todos os membros estiverem presentes — será necessária para a aprovação.
Se aprovada pela Câmara, a legislação vai para o Senado, onde os democratas têm uma maioria de 51 a 49 sobre os republicanos.
O Senado precisa aprovar o projeto sem nenhuma alteração na medida da Câmara. Caso contrário, teria que voltar à primeira Casa para nova votação.
Se houver um empate de 50 a 50 no Senado, a vice-presidente Kamala Harris pode votar para obter a aprovação de 51 a 50.
Após a aprovação da Câmara e do Senado, o acordo irá para sanção de Binden na Casa Branca.
*Publicado por Gabriel Bosa e Danilo Moliterno, com informações da CNNi e Reuters