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    Confiança do empresário fica estável em outubro após cair 2,5 ponto em setembro

    Apesar de avanço, setor produtivo sinaliza que começa a se preocupar com a desaceleração do ritmo de atividade no primeiro semestre de 2022

    Ligia Tuondo CNN Brasil Business , São Paulo

    O Índice de Confiança Empresarial (ICE), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), subiu 0,4 ponto percentual em outubro, para 100,3 pontos, após ter caído 2,5 ponto em setembro.

    Já em médias móveis trimestrais o indicador inverteu a tendência de alta iniciada em maio de 2021 ao recuar 0,5 ponto no mês, mostra levantamento divulgado nesta sexta-feira (29).

    O índice varia de zero a 200 pontos. Para especialistas, o resultado é considerado positivo acima de 100.

    Na comparação mensal, a leve alta mostra um movimento de acomodação, explica a instituição, levada pelos serviços.

    “O setor foi único a registrar melhora tanto nas avaliações sobre a situação corrente quanto nas expectativas, sinalizando a continuidade da fase de retomada de nível atividade nos segmentos mais afetados pela pandemia, como o de Serviços Prestados às Famílias”, diz Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas do FGV-Ibre.

    Campelo explica que, pelo segundo mês seguido, as expectativas dos empresários foram positivas num horizonte de três meses do que no de seis meses, o que não ocorria desde abril de 2015.

    “Um sinal de que o setor produtivo começa a se preocupar com a desaceleração do ritmo de atividade no primeiro semestre de 2022”, diz.

    O ICE reúne os índices de confiança de quatro setores monitorados pela FGV: indústria, serviços, comércio e construção.

    A pesquisa mostra que serviços recuperaram quase todas as perdas do mês anterior. No setor de construção e de comércio, a confiança ficou relativamente estável. Já na indústria, houve recuo.

    O levantamento leva em conta ainda 49 segmentos desses setores. A confiança empresarial subiu em 49% deles em outubro ante os 33% do mês passado. Serviços registraram alta da confiança em mais de 70% dos segmentos.