Confiança dos comerciantes na economia tem maior redução desde novembro, aponta CNC
Incertezas com juros, inflação e contas públicas pressionam expectativas dos entrevistados
A confiança dos comerciantes sobre as atuais condições da economia teve queda de 5% em agosto. Com isso, registrou o menor índice desde novembro de 2023, quando caiu 5,3%. Os dados são da apuração divulgada nesta quarta-feira (28) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
A CNC informou ainda que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou 108,7 pontos em agosto, um recuo de 1,5% na comparação com o mês anterior. O Icec considera dados sobre as condições atuais, as expectativas e as intenções de investimentos.
Na comparação com o mesmo mês de 2023, a redução foi de 1,8%.
A análise da Confederação é de que os dados refletem a queda de 1% do comércio ampliado em junho, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, as definições sobre o futuro da taxa Selic, as incertezas sobre a inflação e sobre as contas públicas também geram pressão sobre as expectativas para a economia e o setor do comércio.
Os dados demonstram ainda que o cenário desafiador impacta também o mercado de trabalho. Segundo a CNC, a intenção de contratação de novos funcionários diminuiu 1,5% em agosto quando comparado ao mês anterior.
Empresários do segmento de roupas, calçados e serviços tiveram destaque, com queda de confiança de 1,8%.
Em seguida, também em redução, aparecem os empresários de produtos de primeira necessidade, como alimentos e medicamentos. Estes tiveram queda de confiança de 1,4%.
Já os de bens duráveis, como eletrodomésticos e veículos, caíram 1,3%.
