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    Confiança do setor de serviços sobe para 96,6 pontos em junho, diz FGV

    Em médias móveis trimestrais, índice aumentou 1,6 ponto

    Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo

    O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 3,7 pontos na passagem de maio para junho, na série com ajuste sazonal, o quarto avanço seguido, para 96,6 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice aumentou 1,6 ponto.

    “A confiança de serviços sobe mais uma vez e encerra o segundo trimestre recuperando 60% do que havia perdido em cinco meses anteriores”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

    Segundo Tobler, a alta em junho teve contribuição tanto dos indicadores sobre o futuro quanto sobre o presente, o que “sugere que o setor possa estar observando que o pior já passou”.

    “Ainda não dá para afirmar que a recuperação continuará firme nos próximos meses, dado que os desafios econômicos persistem no país, mas começam a dar pequenos sinais de melhora. A continuidade desse momento favorável é fundamental para retomada da confiança de serviços”, completou Tobler.

    Em junho, o Índice de Situação Atual (ISA-S) avançou 5,9 pontos, para 99,3 pontos. O resultado foi puxado pelos dois componentes: o volume de demanda atual subiu 6,2 pontos, para 100,2 pontos, e a situação atual dos negócios avançou 5,6 pontos, para 98,3 pontos.

    O Índice de Expectativas (IE-S) cresceu 1,3 ponto, para 94,0 pontos. Houve influência da demanda prevista nos próximos três meses, que aumentou 1,0 ponto, para 93,6 pontos, e do componente que mede a tendência dos negócios, alta de 1,7 ponto, para 94,4 pontos.

    “Com a sequência de resultados positivos da confiança de serviços, também foi possível observar o crescimento do índice na métrica trimestral. A métrica do ICS subiu 3,9 pontos depois de acumular queda de 11,0 pontos nos dois trimestres anteriores. Outro ponto positivo é que a alta trimestral ocorreu tanto no ISA-S quanto no IE-S. Isso corrobora a sinalização de uma recuperação da demanda e de redução do pessimismo dos empresários no segundo semestre do ano”, apontou a FGV.

    A coleta de dados para a edição de junho da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.464 empresas entre os dias 1º e 27 do mês.

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