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    Confiança do empresário só deve ser retomada após as eleições, avalia economista

    À CNN Rádio, William Baghdassarian explicou queda na confiança em 18 de 29 setores analisados pela Confederação Nacional da Indústria

    Amanda Garcia

    A confiança do empresário industrial só deve ser retomada após as eleições deste ano. Esta é a avaliação do professor de finanças do IBMEC de Brasília, William Baghdassian.

    De acordo com o índice divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), houve uma queda em 18 de 29 setores analisados em julho.

    O setor de obras de infraestrutura foi um dos que registraram maiores avanços na confiança, com um aumento de 2,3 pontos em relação ao mês de junho.

    Em entrevista à CNN Rádio, o professor explicou que a pesquisa é relevante “porque não mostra o comportamento do empresário hoje, mas o que ele pensa para os próximos meses e anos, se não há investimento agora, daqui 12 meses, não vai gerar emprego.”

    “Quando o empresário está mais confiante, ele investe mais e, consequentemente, gera mais vagas”, completou.

    Segundo o economista, “enquanto não estiver claro o que vai acontecer nas eleições, o empresário vai ficar mais reticente para investir.”

    Ele destaca que a confiança só será retomada após as eleições, que acontecem em outubro.

    Ao mesmo tempo, Baghdassian explicou que o número, em relação à série histórica da CNI, que começou em 2012, é bom, já que houve dados piores entre 2014 e 2016 e durante o pico de covid-19 em 2020.

    O professor destaca que o cenário internacional, além da instabilidade gerada pelas eleições, também é um fator que causa preocupação ao empresariado.

    “Os Estados Unidos começaram a subir taxa de juros, a inflação ficou fora da média história de lá, trouxe redução da demanda e medo de recessão, tem a guerra da Ucrânia, que impacta fertilizantes, commodities e energia, toda uma cadeia depende da energia, e afeta o crescimento econômico”, disse.

    Além disso, ele reforça que a Covid-19 ainda pode causar problemas, especialmente porque a vacinação é desigual no mundo e novas variantes podem surgir e levar a fechamentos na economia, como aconteceu na China.

    *Com produção de Isabel Campos

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