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    Confiança do comércio recua para menor nível desde julho de 2021, aponta CNC

    Queda no índice foi de 1,6% em março ante fevereiro, para 112,3 pontos

    Vinicius Neder, do Estadão Conteúdo

    O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 1,6% em março ante fevereiro, para 112,3 pontos, informou nesta quarta-feira (29) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foi o quarto mês seguido de queda. Conforme a entidade, a leitura de março é a menor desde julho de 2021.

    A queda foi puxada pela percepção dos comerciantes sobre o presente. “O destaque do mês foi novamente a queda de 7,6% da avaliação das condições atuais, a mais intensa retração desde julho de 2020, ainda no início da pandemia de Covid-19”, diz a nota divulgada pela CNC.

    Para a maioria dos empresários entrevistados em março, a economia piorou. O subíndice de avaliação das condições econômicas atuais tombou 16,1% em março ante fevereiro.

    “Entre os varejistas, 58,1% consideram que o desempenho da economia está pior do que no mesmo período do ano passado”, diz a nota da CNC.

    O Icec caiu mais entre os varejistas de grande porte, com uma queda de 3,7% em março ante fevereiro, acima da variação agregada.

    “A crise no crédito tem afetado o grande varejo nos últimos meses, com menor disponibilidade de recursos e juros altos. Esse contexto influencia negativamente a confiança dos agentes”, diz a nota da CNC.

    A piora na avaliação das condições presentes e nas expectativas para o curto prazo afeta também as perspectivas de investimento.

    O indicador que mede as intenções de investimento caiu 0,7% em março ante fevereiro, para 101,5 pontos, o menor patamar em 20 meses. O recuo na intenção de investir foi maior entre os varejistas de supermercados, farmácias e cosméticos, com queda de 4,2%.

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