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    Confiança da indústria no Brasil atinge estabilidade após quatro altas seguidas, diz FGV

    Em agosto, houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados

    da Reuters

    A confiança da indústria no Brasil ficou estável em agosto, interrompendo uma sequência de quatro meses consecutivos de alta, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (28).

    O Índice de Confiança da Indústria (ICI) se manteve estável em 101,7 pontos em agosto na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados da FGV.

    “O resultado possui uma característica de compensação após um período de seguidas melhoras na demanda e redução dos estoques. Apesar da interrupção do ciclo de altas, o empresário do setor segue com perspectivas positivas relacionadas ao ambiente de negócios para o fim do ano”, explicou Stéfano Pacini, economista do FGV/IBRE, em nota.

    O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, teve queda ligeira de 0,1 ponto em agosto, a 103,6 pontos, após três altas consecutivas.

    Entre os componentes do ISA, destacou-se a queda no nível de demanda, com recuo de 1,7 ponto, a 103,8 pontos; e a alta no dado de situação atual dos negócios, que subiu 1,8 ponto, a 103,4 pontos, melhor marca desde julho de 2022 (104,2 pontos).

    O Índice de Expectativas, indicador da percepção sobre os próximos meses, por outro lado, teve alta ligeira de 0,1 ponto, para 99,8 pontos, registrando o segundo aumento consecutivo e o maior patamar desde novembro de 2021 (100,7 pontos).

    Em agosto, houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados.

    “No cenário macroeconômico, apesar do fim do ciclo de quedas na taxa de juros, os indicadores de trabalho e renda continuam positivos e contribuem com o otimismo espalhados entre os segmentos, porém acende um alerta para uma possível pressão de custos”, acrescentou Pacini.

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