Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Como surgiu a Black Friday, uma das datas mais aguardadas pelos consumidores?

    Data que incentiva lojas a darem descontos generosos nasceu nos EUA para que consumidores limpem o estoque para chegada de novos produtos

    Juliana Faddul, , colaboração para o CNN Brasil Business, em São Paulo

    Você pode não saber o que é, pode não ter interesse em nenhum produto especial, muito menos dinheiro para comprar, mas fim de novembro é sempre a mesma coisa: publicidade gritando descontos acima de 50% na TV, e-mails lotados com promoções, banners com as cores pretas. Você pode não saber o que é, mas não pode fugir dela: a Black Friday.  

    Numa tradução literal, Black Friday significa “sexta-feira negra”. Ela acontece sempre na última semana de novembro, após o Dia de Ações de Graça, feriado celebrado nos Estados Unidos, e marca a troca de estoque.

    Leia também:
    Black Friday terá menos descontos e será mais online, aponta pesquisa
    Black Friday 2020: Veja dicas para evitar golpes e fraudes na internet

    Lojistas liquidam seus produtos com descontos bastante sedutores – com 50%, 70% e até 90% – para dar espaço para chegada de novos itens para as vendas de natal.

    A ideia nasceu nos EUA, mas não há um consenso de quando a data surgiu exatamente: há quem diga que foi por conta da crise norte-americana em 1869, outros em 1980 quando a cor preta significava balanços positivos, outros em 2005 após a polícia da Filadélfia nomear o tumulto nas lojas e excesso de trânsito.

    Pode-se não saber quando ela surgiu, mas fato é que ela se proliferou. Outros países, inclusive, mantiveram a data e também a pronúncia em inglês – mesmo em países não falantes do idioma, como Portugal, Colômbia e Japão, para citar alguns.

    Aqui no Brasil não se é comemorado o Dia de Ação de Graças, mas o mercado brasileiro abraçou este anglicismo e importou a mega liquidação aqui em 2010, mas apenas nas vendas online. Em 2012, a iniciativa cresceu e participaram cerca de 50 lojas físicas, rendendo da mesma proporção lucros e polêmicas.

    A principal de todas foi a atitude de alguns comerciantes que subiram os preços semanas antes para baixá-los na Black Friday – ou seja, para vender o mesmo produto com o preço inicial. Outra reclamação era de que os descontos não eram tão atrativos como nos EUA, beirando os 20%, 30%, 40%. O Procon interviu e hoje a data é bem mais controlada.

    No começo muitos comerciantes ficaram receosos de aderirem ao movimento, já que aqui no Brasil as grandes liquidações são feitas em janeiro. Era alegado que uma liquidação antes prejudicaria as vendas de natal e ano novo.

    O consumidor brasileiro, no entanto, aderiu de braços e carteira aberta: segundo levantamento da GFK, 91% dos entrevistados compram na data.

    Porém, o brasileiro compra de forma mais comedida que os norte-americanos, evitando o pastelão nos noticiários – quer dizer, deixando o desespero, choro e brigas para outras datas como exame do Enem, aniversário da cidade de São Paulo e outras grandes festividades.   

    Neste ano a Black Friday ocorre dia 27 de novembro.

    Clique aqui para acessar a página do CNN Business no Facebook

     

    Tópicos