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    Como ficam as operações da Avon no Brasil após pedido de recuperação nos EUA?

    A Natura &Co é a maior credora da empresa e vai emprestar US$ 43 milhões na modalidade DIP

    Carol Raciunascolaboração para a CNN

    A Avon Products Inc. (API), subsidiária da Natura &Co, fez um pedido, nos Estados Unidos, de um processo similar à recuperação judicial brasileira.

    A Natura &Co é a maior credora da empresa e vai emprestar US$ 43 milhões na modalidade DIP (Debtor-in-Possession).

    Para especialistas ouvidos pela CNN, o pedido não deve afetar diretamente as operações brasileiras, já que o processo está concentrado nos negócios nos EUA.

    A medida, segundo o especialista em direito empresarial e sócio da Godke Advogados, Fernando Canutto, visa garantir a continuidade das operações da holding.

    “Esse tipo de empréstimo é comum em processos de recuperação judicial e demonstra a confiança da Natura na recuperação da Avon.”

    O advogado explica que, no Brasil, esse movimento não deve afetar diretamente as operações da Natura ou da Avon, já que a recuperação judicial está concentrada na operação nos EUA.

    “O processo de recuperação judicial da Avon nos EUA está sendo tratado de maneira a minimizar qualquer impacto fora dos EUA, especialmente nas operações brasileiras, que continuam sob uma administração eficiente e integrada com a Natura.”

    A empresa brasileira comunicou ainda que fará uma oferta de US$ 125 milhões para seguir com as operações da holding americana fora dos EUA, por meio de um processo de leilão supervisionado pela corte judicial.

    “Se a Natura conseguir concluir essa operação, não se espera um impacto significativo no mercado brasileiro, especialmente porque a integração entre as marcas Natura e Avon na América Latina tem sido sólida, com resultados consistentes”, explica Canutto.

    “A manutenção da operação fora dos EUA poderia até fortalecer a presença da Avon na região, inclusive no Brasil, onde a marca já é bem estabelecida e integrada à estrutura da Natura”, completa.

    A advogada especialista em direito empresarial, Tábata Fagundes, do escritório Securato e Abdul Ahad Advogados, reforça que as operações na América Latina continuam independentemente do processo.

    Segundo ela, para ter impactos significativos nos negócios brasileiros, seria preciso uma mudança drástica na estratégia de mercado ou na administração das operações locais.

    “Como a Natura tem demonstrado um compromisso muito forte com a marca Avon e continua investindo no crescimento e na integração das marcas na região, não tem sinal de que essas mudanças grandes aconteçam a curto prazo”, explica Fagundes.

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