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    Comissão do Senado convida Haddad para explicar escolha de presidência da Previ

    Sindicalista João Luiz Fukunaga assumiu a liderança do maior fundo de previdência da América Latina em 24 de fevereiro; grupos questionam qualificação

    Da Reuters* , da Reuters

    A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (21) um requerimento de convite ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para prestar explicações sobre a escolha de João Fukunaga para a presidência da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

    De autoria do senador Sergio Moro (União-PR), o requerimento entrou como um item extrapauta na comissão.

    Ao pedir a inclusão na lista de votações, Moro argumentou que a indicação à presidência da Previ gerou “uma certa discussão no mercado no sentido de que a pessoa eventualmente não teria as qualificações — confesso que não sei se ela as tem ou não; talvez as tenha”.

    “No fundo, a ideia aqui é exatamente esclarecer o fato, sem qualquer espécie de preconceito”, disse Moro.

     

    O sindicalista João Luiz Fukunaga, de 39 anos, assumiu a liderança do maior fundo de previdência da América Latina, a Previ, no dia 24 de fevereiro. Seu mandato vai até 31 de maio de 2026.

    Fukunaga é o primeiro sindicalista a chefiar o fundo desde 2010, quando Sergio Rosa deixou o cargo, e sua gestão sucede a de uma série de nomes técnicos à frente da Previ. O fundo é responsável por gerir cerca de R$ 200 bilhões e tem quase 200 mil participantes.

    Funcionário do Banco do Brasil desde 2008, Fukunaga foi indicado ao cargo pelo banco após a aposentadoria do então presidente da Previ Daniel Stieler.

    Segundo o fundo, que gerencia os recursos dos funcionários do Banco do Brasil, Fukunaga teve seu nome aprovado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), após ter sido indicado pelo BB.

    Segundo o site da Previ, o novo presidente reafirma compromisso com a governança da entidade e com uma gestão de continuidade em que as decisões serão tomadas de forma colegiada.

    Fukunaga defendeu ainda, segundo texto do site da Previ, que não teria seu nome habilitado se não tivesse competência técnica.

    Após a aprovação do nome de Fukunaga, a Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil encaminhou ofícios à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), à Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e ao Banco do Brasil pedindo esclarecimentos sobre a nomeação.

    Na justificativa dos pedidos, a entidade diz que “o Senhor João Luiz Fukunaga, indicado e homologado para Presidência da Previ, segundo divulgado, possui experiência profissional de, apenas, 11 anos e três meses de vinculação como funcionário do Banco do Brasil, dos quais, 10 anos e 11 meses foram, exclusivamente, à disposição do Sindicato dos Bancários”.

    Assim como o deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP), que entrou com uma Ação Popular para suspender a indicação de João Luiz Fukunaga. À CNN, Siqueira afirmou que Fukunaga não possui qualificações técnicas para gerir o fundo responsável pela previdência dos funcionários do BB. Segundo ele, esse é a principal justificativa para ter entrado com a Ação Popular.

    *Com informações de Caio Junqueira, Ligia Tuon e Tamara Nassif, da CNN.

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