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    Combate à inflação será longo e Fed deve continuar subindo juros, diz dirigente

    Mais cedo, em discurso, Loretta Mester previu que os juros do Fed terão de subir para até "um pouco mais" de 4% até o começo de 2023

    Sergio Caldas, do Estadão Conteúdo

    A presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Cleveland, Loretta Mester, disse nesta quarta-feira (31) que o combate à inflação nos Estados Unidos será longo e que o Fed precisa continuar elevando seus juros básicos.

    Loretta Mester, que vota nas reuniões de política monetária do Fed este ano, fez os comentários em sessão de perguntas e respostas durante evento da Câmara de Comércio da área de Dayton (Ohio).

    Mais cedo, em discurso, ela previu que os juros do Fed terão de subir para até “um pouco mais” de 4% até o começo de 2023. Desde março, o Fed elevou suas taxas em quatro ocasiões. “Não prevejo que o Fed cortará juros no próximo ano”, afirmou.

    Disse também que o tamanho dos aumentos de juros em cada reunião do Fed e a taxa final dos juros dependerão da perspectiva inflacionária.

    A meta de inflação do Fed é de 2%. Em julho, a taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA foi de 8,5%.

    Segundo Loretta Mester, é muito cedo ainda para concluir que a inflação nos EUA já atingiu o pico, ressaltando que o Fed tem mais trabalho pela frente para controlar os preços.

    Recessão

    Sobre o restante da economia, ela disse não acreditar que os EUA estejam atualmente em recessão, uma vez que seu mercado de trabalho continua muito forte, mas admitiu que os riscos de uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) americano nos próximos dois anos aumentaram.

    Ela previu ainda que a taxa de desemprego deverá subir para mais de 4% até o fim de 2023, à medida que o mercado de trabalho desacelerar.

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