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    Com tributária e investimento, Fazenda crê que PIB poderá crescer de 3% a 3,5% sem inflação

    Fazenda e FMI projetam PIB potencial em 2,5% hoje; crescimento de 2023 e 2024 levou mercado a revisar estimativas

    Danilo MoliternoFernando Nakagawada CNN , São Paulo

    Secretário de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello afirmou, em entrevista à CNN, que a reforma tributária e a recuperação do investimento no país devem permitir à economia brasileira crescer de 3% a 3,5% sem pressionar a inflação. Esta capacidade é conhecida como PIB potencial.

    “Estes fatores somados podem elevar nosso PIB potencial, dos atuais 2,5%, para algo entre 3% e 3,5%”, disse o secretário, que recebeu a CNN na sede do Ministério da Fazenda em São Paulo.

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou, em julho, sua estimativa de PIB potencial do Brasil, para os mesmos 2,5%. O crescimento robusto da economia em 2023 e 2024, combinados à inflação controlada, levou atores de mercado a recalcularem projeções sobre a capacidade de o país crescer sem pressionar preços.

    “O PIB potencial não é estático, é uma fotografia do cenário atual. Com nossa atual estrutura produtiva, desempenho macroeconômico, nível de investimento, podemos crescer em torno de 2,5% sem pressionar muito a inflação”

    Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda

    Para Mello, somente os impactos da tributária, a depender de detalhes de implementação, podem elevar o PIB potencial em 0,5 pontos percentuais. Estudos preveem que a economia brasileira terá crescimento adicional mínimo de 12% no médio prazo em consequência da reforma — e esta mudança no potencial colaboraria para um avanço saudável.

    A recuperação do investimento é outra das apostas. A expectativa nesta frente é puxada tanto por dados recentes, como a Formação Bruta de Capital Fixo no segundo trimestre (alta de 2,1%), quanto por anúncios do setor privado para investimentos no médio prazo, especialmente na indústria (confira abaixo parte deles).

    • Setor de TICs – R$ 85,7 bilhões
    • Setor Automotivo – R$ 130 bilhões
    • Setor de Alimentos – R$ 120 bilhões
    • Setor de Aço – R$ 100 bilhões
    • Setor de Papel e Celulose – R$ 105 bilhões
    • Setor de Saúde – R$ 39,5 bilhões

    Na análise do secretário, também contribuirá o avanço nas exportações de petróleo pelo Brasil, que vão avançar até 2030 e turbinar a economia. Mello diz ainda que o esforço por reformas não se limita à tributária e menciona, por exemplo, impactos positivos do marco de garantias para o crédito no país.

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