Com petróleo acima de US$ 100, agência internacional vai liberar 60 mi de barris
Nesta terça-feira (1º), o preço do barril nos EUA ultrapassou US$ 102 pela primeira vez em mais de sete anos, em meio à guerra
Os Estados membros da Agência Internacional de Energia (AIE) concordaram nesta terça-feira em liberar 60 milhões de barris de petróleo do armazenamento, com metade do volume vindo dos Estados Unidos, disse o ministro da Indústria japonês Koichi Hagiuda a repórteres.
À CNN, duas fontes familiarizadas com a decisão dizem que metade desse montante – 30 milhões – virá da Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA, e a outra metade virá de aliados na Europa e na Ásia.
A reunião extraordinária de ministros pertencentes à agência com sede em Paris teve como objetivo esfriar os preços do petróleo que dispararam acima de US$ 104 o barril logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Nesta terça-feira (1º), os preços do petróleo nos EUA subiram 8%, fechando acima de US$ 100 pela primeira vez desde julho de 2014. Foi o maior ganho diário do mercado de petróleo desde novembro de 2020.
O Japão ainda não decidiu quanto petróleo liberará de suas reservas nacionais, acrescentou o ministro.
Negociações
Autoridades dos EUA passaram as últimas semanas em ligações e reuniões com seus pares nos principais países fornecedores de energia em um esforço para garantir compromissos para preencher quaisquer interrupções no mercado. O esforço incluiu uma visita pessoal à Arábia Saudita de dois altos funcionários do governo para discutir a necessidade de abordar o impacto nos mercados de petróleo. Os EUA informaram a Arábia Saudita antes do anúncio da reserva de petróleo.
Biden sinalizou sua intenção de liberar o petróleo na semana passada.
“Estamos trabalhando ativamente com países de todo o mundo para avaliar uma liberação coletiva das Reservas Estratégicas de Petróleo dos principais países consumidores de energia. E os Estados Unidos liberarão barris de petróleo adicionais conforme as condições o justificarem”, disse ele.
Os aliados incluem Alemanha, Reino Unido, Itália, Holanda e outros grandes países europeus, bem como Japão e Coreia do Sul.
*Com informações da CNN internacional