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    Com novo CEO, XP vai focar em crédito, conta digital e produtos para empresas

    Thiago Maffra, atual CTO da empresa, assume a presidência da XP Investimentos na quarta-feira

    Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Depois de fundar a XP e comandar a empresa por 20 anos, Guilherme Benchimol está passando o bastão para o atual CTO (ou diretor-executivo de tecnologia) da fintech. Thiago Maffra assume a cadeira de CEO na quarta-feira (12) com a missão de expandir a área de atuação da empresa. 

    Benchimol será presidente do Conselho de Administração. Segundo ele, a mudança acontece para que tenha mais tempo em se concentrar no longo prazo da empresa. “Maffra será um CEO melhor do que eu fui”, garantiu o fundador da XP em coletiva de imprensa.

    Thiago Maffra está na XP desde fevereiro de 2015 e é diretor-executivo de tecnologia desde setembro de 2018. A efetivação do executivo como CEO traz uma mudança de mentalidade para toda a equipe da XP, disse Benchimol. “Pode parecer sutil, mas é uma grande mudança. Quando colocamos o CTO como CEO, fica clara a importância que damos à tecnologia na nossa empresa”, disse. 

    Agora, Maffra diz ter três grandes prioridades: expansão de produtos, transformação digital e cultura organizacional. O primeiro pilar é o que mais chama atenção e desperta a curiosidade do mercado. 

    Além do cartão de crédito, a XP também entrou no segmento de crédito colateralizado, modalidade em que o tomador do empréstimo deixa uma garantia para o banco, como imóvel, carro ou restituição do imposto de renda. Em coletiva de imprensa, Maffra garantiu que o avanço nesse segmento será mais forte em 2021. 

    O open banking deve ajudar muito nessa operação. Com a tecnologia, os dados dos clientes serão mais acessíveis e as fintechs conseguirão acessar o histórico dos consumidores (se tiverem o consentimento deles) para desenvolver produtos e precificar as ofertas da melhor maneira. 

    Além do crédito, a conta digital completa, com pagamentos, pix, conta salário e cartão de crédito, também está no cronograma deste ano. 

    A XP ainda quer ser referência em investimento para empresas. As pessoas jurídicas são um grande alvo da instituição financeira, que prometeu lançar serviços para atrair esse público. 

    Ao entrar nessas novas frentes de negócio, o objetivo é brigar por uma fatia maior dos R$ 800 bilhões de receitas do setor bancário. “Vamos atrás dos R$ 800 bilhões”, disse Maffra. 

    Aquisições 

    A XP mostrou que tem interesse em comprar companhias que possam aumentar a sua base de clientes ou adicionem novas tecnologias ao grupo — mesmo que Benchimol prefira o crescimento orgânico.

    Na semana passada, a Reuters publicou que a XP avaliava a aquisição da subsidiária brasileira do Credit Suisse. O fundador da XP, Guilherme Benchimol, não comentou o assunto nesta terça-feira. 

    “Estamos olhando para empresas que complementem nosso espectro de atuação. Desde portfólios que envolvam carteiras de clientes até empresas de tecnologia que façam sentido na criação de produtos”, disse Maffra.

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