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    Com mercados fechados, China tenta trazer maior números de carros elétricos para o Brasil, diz Campos Neto

    Segundo ele, parte dos grandes mercados têm fechado as portas para o gigante asiático que agora está tentando trazer o maior número de veículos para o Brasil

    Cristiane Nobertoda CNN Brasília

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comentou nesta sexta-feira (7) que a China tem uma capacidade ociosa de carros elétricos muito grandes.

    Segundo ele, parte dos grandes mercados têm fechado as portas para o gigante asiático que agora está tentando trazer o maior número de veículos para o Brasil.

    “Vemos no Brasil os carros chines na rua o tempo todo, mas a China tem uma capacidade ociosa muito grande hoje em relação a isso. […] O número de empresas que fabricam carros elétricos na China é impressionante.

    A gente conhece só umas duas ou três [empresas] mas tem várias e quando a gente olha o que tá acontecendo em termos de cadeia global é que os números de restrições comerciais China só aumentam”, disse.

    “Os Estados Unidos botaram tarifa em carro chinês, a Europa que está discutindo isso lá na no Conselho Europeu, a Austrália que também está falando sobre isso.

    Então, a gente está vendo é um pouco a consequência e a China tentando trazer o maior número de carros possível para o Brasil.

    Porque alguns mercados estão se fechando então”, destacou em palestra num seminário realizado pela corretora Monte Bravo, em São Paulo.

    Campos Neto também pontuou que a possibilidade é de ver o mesmo que ocorreu no setor imobiliário chinês, que foi baseado num volume de exportação e agora “algumas portas estão sendo fechadas”.

    Impacto do RS

    Campos Neto também comentou sobre a dificuldade em acordar o impacto da tragédia humanitária e econômica no Rio Grande do Sul no próximo trimestre.

    Segundo ele, é preciso mensurar mais no médio prazo as consequências do desastre ambiental na cidade.

    “Tem gente que tem visto oscilação grande em termos de expectativa, não só no custo de reconstrução, mas também no impacto de crescimento.

    Ter esse elemento de incerteza no curto prazo, entender como vai se dar a médio prazo, tipo de reconstrução, pessoas dizem que algumas cidades vão ter processo mais demorado”, disse.

    O banqueiro central lembrou que o estado representa 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e que, dada a relevância do RS para o país, as projeções estão sendo comparadas ao furacão Katrina, que teve custo de reconstrução em US$ 120 bilhões.

    “O que a gente chega a conclusão muito rapidamente, é que essa parte de chuvas e inundações é o que mais está crescendo em termos de risco climático global”, frisou.

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