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    Com aval de Lula, ministério prepara ações emergenciais contra crise no agro

    Objetivo é garantir fôlego aos agricultores e evitar que problemas financeiros atinjam o próximo plantio

    Ministério da Agricultura elabora plano contra crise iminente no setor
    Ministério da Agricultura elabora plano contra crise iminente no setor James Baltz/ Unsplash

    Daniel RittnerLarissa Rodriguesda CNN

    Brasília

    Diante da queda recente nos preços de commodities agrícolas e das perspectivas ruins para a nova safra de grãos, o Ministério da Agricultura está na reta final de elaboração de um plano para ajudar os produtores rurais contra uma crise iminente no setor.

    A ideia é garantir fôlego aos agricultores e evitar problemas financeiros que atinjam também o próximo plantio, com efeitos indesejados também na safra seguinte.

    Um conjunto de medidas — como novas linhas de crédito, aumento do capital de giro e novos prazos para o pagamento de dívidas — está em preparação e deve ser anunciada nos próximos dias.

    O ministro Carlos Fávaro já fez um relato da situação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e recebeu aval para dar prosseguimento às medidas. Ele tem reuniões com a equipe econômica e com a cúpula do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para dar formato definitivo às ações.

    Segundo relatos feitos à CNN, Fávaro disse para interlocutores no governo que a situação no setor não é de “desespero”, mas é “preocupante” e requer iniciativas de curto prazo para não piorar.

    O ministro acredita que, para a maioria dos cultivos, a rentabilidade da safra atual está praticamente perdida. Sua prioridade, agora, é evitar reflexos negativos para a safra 2024/2025.

    Nos últimos 12 meses, as cotações da soja e do milho caíram mais de 20%. Os preços do café e de outras commodities também despencaram.

    Além do clima adverso, que tem prejudicado a colheita nas principais regiões produtoras do país, houve aumento da oferta de grãos no mercado internacional.

    Um dos maiores acréscimos vem da Argentina, que teve a mais grave seca de sua história no ano passado e colheu apenas 21 milhões de toneladas de soja. Neste ano, a colheita deve passar para cerca de 50 milhões de toneladas.

    Com isso, há uma combinação incomum de queda da produção de grãos — especialmente na região Centro-Oeste — com um tombo nos preços internacionais, descapitalizando os produtores.