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    CNI vê com preocupação decisão do BC de manter taxa Selic em 10,5%

    Copom manteve juros inalterados pela segunda reunião seguida; decisão foi unânime

    Sandra Manfrini, do Estadão Conteúdo

    A Confederação Nacional da Indústria (CNI) “vê com preocupação” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter inalterada a taxa de juros Selic em 10,5% ao ano.

    Em nota divulgada nesta quarta-feira (31), a entidade destaca que “o elevado nível em que a Selic se encontra faz o Brasil ter uma das maiores taxas de juros real do mundo e explica parte significativa do alto custo do crédito, situação que implica severas restrições à atividade econômica brasileira”.

    “Esperamos que a Selic volte a ser reduzida o quanto antes. A retomada de cortes é fundamental para a redução do custo financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

    “Caso contrário, seguiremos penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos empregos e renda”.

    A entidade destaca ainda que os reflexos da política monetária restritiva são claros ao se observar o comportamento do mercado de crédito e da atividade econômica.

    “A Selic alta eleva o custo de captação dos recursos para as instituições financeiras. Para piorar, essas instituições ofertam crédito com spread bastante elevado. O Brasil tem o terceiro maior spread bancário do mundo, sendo mais um fator que encarece empréstimos e financiamentos.”

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