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    CNA faz apelo ao governo por ações “emergenciais” contra crise no campo

    Documento com seis propostas foi levado ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro

    Daniel Rittnerda CNN , Brasília

    A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, um pedido de medidas emergenciais para atenuar o risco de crise no setor diante da iminência de quebra da safra de grãos.

    Um documento com seis propostas foi levado ao ministro pelo presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, José Mário Schreiner, nesta quarta-feira (31).

    As ações sugeridas pela entidade contemplam medidas de apoio à comercialização e de crédito rural, como novos prazos para o pagamento de dívidas e atualização dos preços mínimos.

    “A quebra da safra deste ano na produção de soja e de milho é iminente, mas até agora o mercado não precificou a quebra no Brasil”, diz um trecho do documento, que fala em risco de “perdas irreversíveis” aos produtores rurais no Centro-Sul do país, devido à falta de chuvas.

    Em janeiro, segundo a CNA, os preços da soja recuaram 27,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No caso do milho, a queda é de 22%.

    “Na pecuária de corte, os principais impactos foram decorrentes dos atrasos nas chuvas no Brasil Central e em algumas áreas no Centro-Sul do país, no último trimestre, que geraram atrasos na recuperação das pastagens e consequente comprometimento da disponibilidade total da massa”.

    As medidas propostas pela CNA são as seguintes:

    1. Prorrogação de operações de crédito rural vigentes por, no mínimo, 12 meses;
    2. Renegociação de operações de crédito rural vencidas: o que não pôde ser liquidado, devido às condições climáticas adversas, deve ser objeto de repactuação, mantendo as taxas iniciais estipuladas e sem encargos de inadimplência.
    3. Antecipação das linhas de pré-custeio: condições especiais de taxas e prazos, beneficiando produtores afetados pelo clima e proporcionando recuperação da capacidade produtiva.
    4. Implementação de instrumentos de apoio à comercialização: atualização de preços mínimos, retomada de aquisições de estoques pelo governo federal, oferta de prêmios equalizadores para assegurar estabilidade de renda aos produtores.
    5. Fortalecimento do programa de venda em balcão com melhores condições: facilitar o acesso de pequenos pecuaristas aos estoques de insumos agrícolas.
    6. Ampliação do programa de garantia de preço para a agricultura familiar: após revisão dos preços mínimos, ajustes nos limites vigentes de bônus de desconto por mutuário, ao longo do ano-calendário, para custeio e investimento.

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